sexta-feira, outubro 08, 2010

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

O termo "Escola Dominical" foi primeiramente usado pelo jornalista evangélico Robert Raikes, na Inglaterra, a partir de 1780, quando começou a oferecer instrução rudimentar para crianças pobres em seu único dia livre da semana: domingo, pela manhã e à tarde, pois a maioria mesmo tendo pouca idade já trabalhava durante a semana. A Escola Dominical nasceu para servir como o ensino público gratuito, orientado pelos princípios da educação-cristã, vindo posteriormente o governo britânico e de outros países a oferecer o sistema de educação pública e a se responsabilizar oficialmente por ele. O movimento iniciado por Raikes é considerado o precursor desse sistema. Portanto, a Escola Dominical do nosso tempo náo é o mesmo do britânico inicial, mas o tipo de escola que surgiu na América do Norte muito tempo depois oferecendo um conteúdo curricular bíblico não mais objetivando prioritariamente a aprendizagem da leitura e da escrita de seus alunos e sim o conhecimento bíblico, a edificação espiritual, o discipulado e a integração e a evangelização. Por isso, a Escola Dominical é o momento especial da semana para que todos que pertencem a uma igreja local (crianças, adolescentes, jovens, adultos, incluindo os novos convertidos), primeiramente, se reúnam para estudar a Palavra de Deus de forma pedagógica e metódica, e também promovam a comunhão, o discipulado e a integração de novos crentes e a evangelização, cooperando para o cumprimento da Grande Comissão de Jesus registrada em Mateus 28: 18-20.

10 RAZÕES PORQUE DEVO PARTICIPAR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL:

1. Por causa do amor a Cristo e sua Palavra. (Jo 14: 21)

2. Porque é dever do cristão crescer no conhecimento de Deus através do ensino saudável das Escrituras.

3. Para que não sejamos enredados pelas heresias e desvios doutrinários do nosso tempo. (Mt 22: 29)

4. Porque a igreja se desenvolve de forma relacional, comunitária e intelectual através do estudo sistemático da Palavra de Deus.

5. Porque o ensino da Palavra de Deus proporciona a elevação do nível de maturidade da igreja local.

6. Porque a Escola Bíblica Dominical é um excelente meio de evangelização.

7. Porque a Escola Bíblica Dominical é um lugar propício para a descoberta, crescimento e capacitação de novos ministérios.

8. Porque a Escola Bíblica Dominical fortalece a família promovendo o entrelaçamento dos relacionamentos familiares.

9. Porque o estudo sistemático da Palavra nos desperta a uma vida de santidade.

10. Porque a Escola Bíblica Dominical é uma poderosa fonte de avivamento e despertamento espiritual para a igreja.

Pense nisso!

A CRUZ DE CRISTO

Sexta-feira da Paixão é a data tradicionalmente relembrada como sendo o dia em que Cristo foi crucificado. A morte de Cristo na cruz é um fato central para o cristianismo. É interessante que é da palavra latina “cruz” que vem a palavra “crucial”, isto é, central, importante. Para os budistas, não importa muito como Buda faleceu, mas faria toda a diferença do mundo para os cristãos se Jesus tivesse morrido de um ataque cardíaco nas praias do Mar da Galiléia. A cruz é o símbolo universal do cristianismo, mesmo num mundo onde mais e mais ela tem perdido o seu significado. Numa pesquisa recente feita na Austrália, Alemanha, Índia, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, ficou claro que o símbolo da MacDonalds (o arco dourado) e o da Shell (uma concha amarela) eram muito mais conhecidos do que a cruz. 92% das pessoas reconheceram os cinco anéis como símbolo dos Jogos Olímpicos e 88% reconheceram o símbolo do MacDonalds e da Shell. Mas somente 54% identificaram a cruz como sendo o símbolo do cristianismo. Muitos dos que a identificam ofendem-se com ela. A cruz de Cristo é motivo de ofensa para muitos hoje, como foi na época em que os primeiros cristãos começaram a falar dela como o caminho de Deus para a salvação. O apóstolo Paulo escreveu: “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus... nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1Co 1: 18,23). A feminista Dolores Williams é um exemplo moderno de pessoas que se ofendem com a cruz. Ela declarou: “Acho que não precisamos de uma teoria em que os pecados têm que ser pagos pela morte de alguém. Acho que não precisamos de um cara pendurado numa cruz, sangrando, e outras coisas desse tipo”. Podemos compreender a repulsa natural que as pessoas sentem. A execução por morte de cruz era algo terrivelmente cruel. Na verdade, era sadismo legalizado. Foi provavelmente uma das formas mais depravadas de execução jamais inventada pelo homem. Nada mais era que morte lenta por tortura. E realmente funcionava. Ninguém jamais sobreviveu a uma crucificação. Mas para os que crêem, a cruz faz perfeito sentido. A salvação do homem só pode ocorrer através de uma satisfação dada à lei de Deus, que o homem quebrou e tem quebrado sempre. Somente Deus pode perdoar. Mas somente o homem pode pagar. Cristo colocou-se no lugar do homem, como representante dos que crêem, e sofreu a penalidade merecida, satisfazendo a justiça divina. Até mesmo pensadores não cristãos afirmam a necessidade da punição merecida. O pesquisador C. A. Dinsmore examinou as obras de Homero, Sófocles, Dante, Shakespeare, Milton, George Elliot, Hawthorne e Tennyson, e chegou à seguinte conclusão: “É um axioma universal na vida e no pensamento religioso que não pode haver reconciliação sem que haja satisfação dada pelo pecado”. Portanto, para os que crêem, o simbolismo da cruz é mais que um símbolo a ser levado no pescoço ou pendurado nas paredes da igreja. É o caminho de Deus para salvar todo aquele que crê. Quando a Igreja esquece o sentido da cruz, ela se desfigura. Ouçamos as palavras de Erwin Lutzer, em seu livro A Cruz de Hitler (1994): “Se as fornalhas de Auschwitz foram preparados nos corredores das universidades da Europa, podemos dizer também que aquelas fornalhas foram alimentados pela teologia liberal que dominou as igrejas e a teologia da Europa. Essa teologia glorificava o homem e declarava que Deus era irrelevante. Esse tipo de ensino amputou a capacidade da Igreja de tomar uma posição firme contra as atrocidades do Terceiro Reich. Ao substituírem a revelação de Deus contida nas Escrituras por ideais humanos, acabaram por reinterpretar a cruz de Cristo e usá-la para levar adiante uma agenda pagã.”

Queira Deus sempre nos manter conscientes da cruz de Cristo e do seu sentido...

A CEIA DO SENHOR

(...) “o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão, e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes em que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha.” (1Co. 11.23-26).
Observando a expressão “fazei isto”, percebemos que se trata de uma ordem de Jesus. É um imperativo, e fica ainda mais evidente ser uma ordenança para a Igreja, quando Jesus repete a expressão “todas as vezes que”, mostrando que este ato deveria ser parte da nossa prática cristã.

UM MEMORIAL
Lugar algum das Escrituras mencionam o pão e o vinho se tornando literalmente o corpo e o sangue do Senhor na hora em que o partilhamos. Pelo contrário, Jesus deixa claro o caráter simbólico do ato ao dizer: “fazei isto em memória de mim”. A ceia do Senhor é um momento de recordação do que ele fez por nós ao morrer na cruz para a remissão dos nossos pecados. Quando a celebramos, estamos anunciando a morte do Senhor Jesus até que ele volte! Os elementos são, portanto, figurativos, e não literais.

UM RITUAL DE ALIANÇA
Os orientais davam muito valor às alianças, e as respeitavam. Quando Jesus institui exatamente o pão e o vinho como os elementos da ceia, ele sabia exatamente o que estava fazendo. Para os judeus, o pão e vinho faziam parte de um ritual de aliança de sangue, o mais alto nível de aliança a que alguém poderia se submeter. Ao contrair uma aliança deste nível, as duas partes estavam declarando que misturavam suas vidas e tudo o que era de um passava a ser de outro e vice-versa; por isso Jesus declarou na ceia que o cálice era a aliança NO SEU SANGUE, estabelecendo com isso, na ceia, um ritual de aliança. No Velho Testamento vemos Abraão indo ao encontro de Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e levando pão e vinho. O que era isto? Um ritual de aliança. Quando ceamos, estamos reconhecendo que realmente estamos ‘aliançados’ com Cristo, e que nossas vidas estão misturadas, fundidas uma na outra (1Co 6: 17). Jesus deixou bem claro aos que o seguiam que não bastava apenas simpatizar-se com ele ou segui-lo pelos milagres que operava, mas que era necessário aliança, e aliança no mais elevado e sagrado nível que os judeus conheciam: a aliança de sangue. Muitos não compreendem isto por não conhecer os costumes da época, mas era a este tipo de aliança que Jesus se referia ao proferir estas palavras: “Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue, permanece em mim e eu nele.” (Jo 6: 53-56). É óbvio que Jesus não falava sobre comer a carne literalmente, mas sim sobre aliança, sobre mistura de vida; isto fica claro quando o Mestre conclui dizendo que tal pessoa permaneceria nele e ele nesta pessoa. Este texto também não fala diretamente da ceia, mas sim da nossa aliança com Cristo; embora deixe claro qual é figura da ceia: um ritual de aliança no qual testemunhamos comunhão entre nós e o Senhor Jesus Cristo.

UM TEMPO DE COMUNHÃO
No tempo apostólico as ceias eram também chamadas de “ágapes” (ou “festas de amor” – Jd 12), o que reflete parte de seu propósito. As ênfases na expressão “corpo” que encontramos no ensino bíblico da ceia, reflete esta visão de unidade e comunhão. A mesa é um lugar de comunhão em praticamente quase todas as culturas e épocas, e a mesa do Senhor não deixa de ter também esta característica.

UM ATO DE CONSEQUENCIAS ESPIRITUAIS
Na epístola de Paulo aos Coríntios, fica claro que a Ceia do Senhor tem conseqüências espirituais; ela será sempre um momento de bênção ou de maldição para os que dela participam: Bênção: “Porventura o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?” (1Co 10: 16). Observe o termo “cálice da bênção”. Isto não é figurado, é real. A Ceia do Senhor traz bênçãos espirituais sobre aqueles que dela participam. Um outro termo empregado neste versículo, que nos revela algo importante, é “comunhão”; quando ceamos, estamos pela fé acionando um poderoso princípio, temos comunhão com o sangue e com o corpo de Cristo! O que isto significa? Quando derramou seu sangue, Jesus o fez para a remissão de nossos pecados, logo, ao comungarmos o sangue, estamos provando que tipo de bênçãos? A purificação, e também a proteção, pois o diabo não pode transpor o poder do sangue para nos tocar (Ex 12: 23; Ap 12: 12). E o que significa ter comunhão com o corpo? O corpo de Jesus foi moído porque ele tomou sobre si nossas enfermidades, e as nossas dores carregou sobre si, e pelas suas feridas fomos sarados (Is 53: 4-5). A obra redentora de Cristo nos proporciona cura física, e na Ceia do Senhor é um momento no qual podemos provar a bênção da saúde e da cura. Muitos estavam fracos e doentes na igreja de Corinto por não discernirem o corpo do Senhor na Ceia. Ao falar sobre comungarem com o corpo do Senhor, Paulo se referia não apenas ao corpo do Cristo crucificado por meio do qual somos sarados, mas também ao corpo ressurreto, no qual habita toda a plenitude da divindade e é fonte de vida aos que com ele comungam. A Ceia do Senhor deve ser um momento especial de comunhão, reflexão, devoção, fé, e adoração. Tudo deve ser feito de coração e com reverência, pois é um ato de conseqüências espirituais.
Maldição: A Bíblia não usa especificamente esta palavra, mas mostra que a maldição pode vir como um juízo de Deus para quem desonra a Ceia do Senhor. Depois de ter dito que ao participar da mesa do Senhor a pessoa está anunciando a morte de Jesus até que ele venha, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, traz a seguinte advertência: “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co 11: 27-32). Para muitas pessoas, a Ceia é algo que as amedronta; preferem não participar dela quando não se sentem dignas, para não serem julgadas. Mas veja que a Bíblia não nos manda deixar de tomar, e sim fazer um auto-exame antes, pois se houver necessidade de acerto devemos fazê-lo o mais depressa possível (1Jo 1: 9). Deixar de participar da mesa do Senhor é desonrá-la também! Devemos ansiar pelo momento em que dela partilharemos, e não evitá-la. Mas há aqueles que querem fingir que estão bem, e participam sem escrúpulo algum do que é sagrado; para estes, não tardará o juízo. Participar da mesa do Senhor tem conseqüências espirituais; ou o cristão é abençoado ou é amaldiçoado. Não há meio termo; a refeição não é apenas um simbolismo; não se participa da Ceia do Senhor como se participa de uma cerimônia qualquer, pois é um momento santificado por Deus e de implicações no reino espiritual.

QUEM PARTICIPA?
A Ceia, como ritual de aliança que é, destina-se, portanto, aos que já se encontram em aliança com Cristo; ou seja, aos que já nasceram de novo e estão em plena comunhão com Deus. Há igrejas que só servem a Ceia para quem pertence ao seu rol de membros; consideramos isto um grande erro, pois a Ceia do Senhor é para quem o serve de todo coração, independentemente de tal pessoa congregar em nossa igreja local ou não; se a pessoa faz parte do Corpo de Cristo na terra, então deve participar da mesa. Os critérios básicos são: estar ‘aliançado’ com Cristo, e com vida espiritual em ordem. Contudo, não proibimos ninguém de participar, apenas ensinamos o que a Bíblia diz, para que cada pessoa julgue-se a si mesma. Nem Judas Iscariotes, em pecado e endemoninhado, foi proibido por Jesus de participar da Ceia (Lc 22: 3,21). A instrução bíblica é que a pessoa se examine a si mesma, e não que seja examinada pelos outros. Portanto, não examinamos ninguém, nem as proibimos, só as instruímos. Se a pessoa insistir em participar de forma indigna colherá o juízo divino.

ONDE ACONTECE?
Não há um lugar determinado para se realizar a Ceia, onde quer que estejam reunidos os cristãos ela poderá ser feita. No livro de Atos, lemos que o pão era partido de casa em casa (Atos 2: 46). Portanto, como nos reunimos no templo e nas casas, à semelhança dos dias do Novo Testamento, também praticamos a Ceia do Senhor nos dois locais de reunião, sendo que a maior incidência se dá no templo quando reunimos todo o corpo local.

QUANDO ACONTECE?
Entendemos que não há uma periodicidade definida pela Bíblia quanto à celebração da Ceia; Jesus apenas disse: (...) “fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim” (1Co 11: 25b). Esta expressão “todas as vezes que” nos dá liberdade de fazermos quando quisermos, mas sempre em memória do Senhor Jesus Cristo. Celebramos a Ceia mensalmente no templo, e não temos periodicidade definida nas casas.

COMO É CELEBRADA?
No templo ela é celebrada pelo pastor local ou pelo presbitério, que normalmente se serve dos diáconos para que ajudem na distribuição; já nas casas, ela é celebrada pelos obreiros com a autorização do pastor ou presbitério. Na igreja primitiva, quando celebrada nas casas, a Ceia do Senhor era também chamada de “ágape” ou festa de amor. Os irmãos se reuniam para ter comunhão ao redor da mesa, onde tomavam suas refeições juntos; e juntamente com as refeições celebravam a Santa Ceia. E é o que procuramos fazer...

SEITAS UFOLÓGICAS

SEITAS QUE PREGAM A CRENÇA NA VIDA EXTRATERRESTRE, TEM ARREBANHADO MUITOS SEGUIDORES MUNDO AFORA: No dia 27 de março de 1997, nada menos do que 39 pessoas foram encontradas mortas numa mansão ao norte de San Diego, na Califórnia, Estados Unidos. Elas haviam cometido suicídio coletivo, levadas pela crença cega em Marshall Applewhite, líder de uma seita denominada Heaven's Gate ("Portal do Paraíso"). Applewhite fez seus seguidores acreditarem que alcançariam a vida eterna se morressem no momento da passagem do cometa Halle-Bopp pela Terra, pois o astro abrigaria em sua cauda uma nave espacial. Fundada em 1970, a Heaven's Gate é só uma das muitas seitas que se espalharam pelo mundo ancoradas em elementos ufológicos. Na maior parte das vezes, seus líderes se dizem pessoas eleitas por "forças extraterrestres" para cumprir alguma missão na Terra. O ufólogo Vanderlei D'Agostino diz que existem três tipos de líderes de seitas: os bem-intencionados, os que têm algum desvio de conduta (eventualmente patológico) e os literalmente charlatães. Ou seja, não dá para generalizar. Nem todos, é claro, levam a um final trágico quanto o do Heaven's Gate. A seguir, conheça mais algumas seitas que arrebanharam seguidores com base em crenças e dogmas ligados à ufologia.

MOVIMENTO RAELIANO
Fundado em 1975 pelo jornalista francês Claude Vorilhon, que se autodenomina Rael, prega que o ser humano foi criado em laboratório por extraterrestres. Rael, hoje com 59 anos, afirma ter sido contatado e abduzido em 1973 por um ET, que lhe pediu para construir uma "embaixada" na Terra, para receber de volta os alienígenas. O francês teria sido escolhido como o "messias", destinado a conscientizar a humanidade sobre a necessidade de evolução. A seita tem 70 mil seguidores no mundo. Nos últimos anos, tem chamado a atenção por sua defesa da clonagem humana - tida como um meio de atingir a imortalidade. Há rumores de que a Clonaid, empresa criada por Rael em 1997, já teria conseguido gerar uma menina, clone de uma mulher de 31 anos.

COMANDO ASHTAR
Baseia-se em supostos contatos realizados entre humanos e um extraterrestre chamado Ashtar Sheran, que seria o grande "comandante intergaláctico", incumbido de promover a regeneração da Terra. É um movimento forte na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. A figura de Ashtar estaria ligada a mensagens de alerta à humanidade. Nos anos 50, segundo seus seguidores, Ashtar teria entrado em contato com a Terra para evitar que bombas atômicas destruíssem nosso planeta e colocassem em risco o equilíbrio intergaláctico.

PROJETO PORTAL
A seita foi fundada há dez anos em Corguinho (MS) por Urandir Fernandes de Oliveira, que se considera um representante dos ETs na Terra. "Tem causado grandes estragos na vida de inúmeras pessoas que o procuram na busca de curas e contatos com ETs", diz Rafael Cury, presidente da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil. Urandir chegou a ser preso, sob acusação de participar de um esquema de venda ilegal de lotes de terra em Corguinho. Segundo Urandir, o mundo será castigado por uma grande inundação, mas o lugar que ele chama de "A Cidade dos ETs" - onde ficam os tais lotes de terra - estaria imune à tragédia.

LINEAMNETO UNIVERSAL SUPERIOR (LUS)
Criado pela vidente brasileira Valentina Andrade e por seu marido, o argentino José Teruggi, em Buenos Aires. Segundo eles, só os seguidores da seita seriam salvos do apocalipse, resgatados por naves espaciais. Nos anos 80, Valentina e outros membros do grupo foram acusados de castrar nove meninos de 8 a 14 anos e assassinar seis deles, em rituais satânicos, entre 1989 e 1993, em Altamira, no Pará. "Quando invadiram sua residência em Londrina, no Paraná, encontraram várias fitas de vídeo em que ela, em transe, dizia: 'Matem criancinhas'", conta Rafael Cury. Presa em 2003, Valentina foi julgada e absolvida por falta de provas. Outros quatro acusados foram condenados a penas de 35 a 77 anos de prisão.

GRUPO RAMA
Começou no Peru, com os irmãos Sixto e Carlos Paz. Após se desentender com o irmão, Carlos mudou-se para o Brasil e criou um braço da seita, o Grupo Amar (Rama ao contrário). Os irmãos organizavam vigílias para aguardar a chegada de naves alienígenas. Afirmavam viajar com freqüência à Constelação de Órion, onde eram recebidos por ETs. Após denúncias sobre a falsidade desses contatos, a seita caiu no ostracismo. Carlos acabou mudando de sexo e Sixto perdeu credibilidade depois de participar de um programa de TV e ser reprovado por um detector de mentiras. As duas vertentes da seita deixaram de existir no início dos anos 90.

CULTURA RACIONAL
Foi criada por Manoel Jacinto Coelho em 1935, no Rio de Janeiro, num centro espírita no bairro do Méier. Nos meios usados para sua divulgação, a Cultura Racional cita com freqüência discos voadores e seres extraterrestres. Considera-se um movimento cultural, não uma seita. Nos anos 70 e 80, atraiu milhares de seguidores, entre eles o cantor Tim Maia, que acabou deixando o movimento. Seus princípios se baseavam em um conjunto de livros denominado Universo em Desencanto, considerado por muitos um instrumento de lavagem cerebral.