sexta-feira, maio 29, 2009

DIA A DIA TOME A TUA CRUZ E SIGA-ME (LUCAS 9: 23)

Na época em que Jesus proferiu estas palavras, cruz era sinônimo de morte. Ela marcava o fim da vida de uma pessoa. Era o conhecido método de execução da pena de morte dos romanos. Quando alguém era condenado à morte, era na cruz que a pena era executada. Os romanos ordenavam que a pessoa tomasse a própria cruz e a carregasse até o local da execução.
Os discípulos que estavam ouvindo estas palavras entenderam claramente que Jesus falava sobre morte. Eles compreenderam que Ele estava dizendo que quem quisesse segui-lo deveria ter disposição de morrer. Quanto a isso certamente não houve dúvida.
O fator intrigante nas palavras de Jesus é que a pessoa que tomava sua cruz no método romano fazia isso somente uma vez. Ela tomava sua cruz, caminhava até o local da crucificação, ali ela era pregada e deixada exposta até a morte. Quando a pessoa demorava a morrer, soldados romanos lhe quebravam as pernas, afim de que morresse mais rápido.
Jesus, porém falou de tomar a cruz dia a dia. Ele não estava falando sobre morrer uma vez só, como acontecia na prática romana. Aqui ele está falando de morrer mais de uma vez.
Como pode ser isso? Como alguém pode morrer dia a dia? A morte não é de uma vez por todas?
A resposta é que no método romano a morte era física e Jesus está falando aqui da morte espiritual da natureza pecaminosa. Jesus está dizendo que segui-lo significa estar disposto a levar à morte a natureza pecaminosa todo dia.
No contexto Jesus fala sobre negar a si mesmo, fala sobre perder a vida por causa dele. Tomar a cruz dia a dia significa que nossa natureza pecaminosa tenta viver todo dia e nós devemos pregá-la todo dia numa cruz. Significa que quando estamos seguindo a Cristo, estamos morrendo para a velha natureza e vivendo a nova para Cristo.
Na prática significa que dia a dia temos que dizer não para nós mesmos. Nossos desejos pessoais que desagradam a Deus deverão ser pregados numa cruz. Nossos impulsos de ira, de vingança, de nervosismo deverão ser pregados numa cruz dia a dia. Os pedidos que nossa natureza nos faz deverão ser crucificados. Vontades muitas vezes que aparentemente não são maléficas, Deus pede que sejam pregadas na cruz. Aqueles momentos em que ficamos chateados porque as coisas não aconteceram como queríamos, devem ser pregados na cruz.
O fato é que ao contrário de abrir mão de nossos desejos, nós tentamos nos convencer de que eles não são maus e que eles não nos afastarão de Deus. Tentamos nos convencer de que Deus não se importa com eles.
Aqui vemos claramente a essência de seguir a Jesus. Por isso ele adverte seus discípulos. Não se pode seguir a Jesus e ao mesmo tempo ter satisfeito os desejos da natureza pecaminosa. Corremos o risco de seguir a Jesus e tentar manter viva nossa velha natureza. Por isso muitos erram, pois não entendem que a cada novo dia Jesus está nos convidando a viver para ele, e viver para ele significa pregar na cruz nossos desejos pessoais. Significa que serão apresentadas a nós oportunidades de tomar a cruz e morrer para o “eu”. O apóstolo Paulo entendeu isso muito bem, por isso ele escreveu aos gálatas: estou crucificado com Cristo (Gl 2.19). E aos romanos ele escreveu: “por amor de ti somos entregues à morte o dia todo” (Rm 8.36).
Jesus está então dizendo a seus discípulos: “Querem me seguir? Então estejam dispostos a abrir mão de seus desejos pessoais”. O caminho da vida significa a crucificação diária da natureza pecaminosa. Dia a dia tome a sua cruz e siga-me.

sábado, maio 23, 2009

FINALIDADE DA CRUZ ( por Dave Hunt)

"Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim..." (Gl 2.19b-20).

A SIMBOLOGIA DA CRUZ:
Os elementos anticristãos do mundo secular dariam tudo para conseguir eliminar manifestações públicas da cruz. Ainda assim, ela é vista no topo das torres de dezenas de milhares de igrejas, nas procissões, sendo freqüentemente feita de ouro e até ornada com pedras preciosas. A cruz, entretanto, é exibida mais como uma peça de bijuteria ao redor do pescoço ou pendurada numa orelha do que qualquer outra coisa. É preciso perguntarmos através de que tipo estranho de alquimia a rude cruz, manchada do sangue de Cristo, sobre a qual Ele sofreu e morreu pelos nossos pecados se tornou tão limpa, tão glamourizada.
Não importa como ela for exibida, seja até mesmo como joalheria ou como pichação, a cruz é universalmente reconhecida como símbolo do cristianismo – e é aí que reside o grave problema. A própria cruz, em lugar do que nela aconteceu há 19 séculos, se tornou o centro da atenção, resultando em vários erros graves. O próprio formato, embora concebido por pagãos cruéis para punir criminosos, tem se tornado sacro e misteriosamente imbuído de propriedades mágicas, alimentando a ilusão de que a própria exibição da cruz, de alguma forma, garante proteção divina. Milhões, por superstição, levam uma cruz pendurada ao pescoço ou a tem em suas casas, ou fazem "o sinal da cruz" para repelir o mal e afugentar demônios. Os demônios temem a Cristo, não uma cruz; e qualquer um que não foi crucificado juntamente com Ele, exibe a cruz em vão.

A PALAVRA DA CRUZ? PODER DE DEUS:
Paulo afirmou que a "palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus" (1 Co 1.18). Assim sendo, o poder da cruz não reside na sua exibição, mas sim na sua pregação; e essa mensagem nada tem a ver com o formato peculiar da cruz, e sim com a morte de Cristo sobre ela, como declara o evangelho. O evangelho é "o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1.16), e não para aqueles que usam ou exibem, ou até fazem o sinal da cruz.
O que é esse evangelho que salva? Paulo afirma explicitamente: "venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei... por ele também sois salvos... que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Co 15.1-4). Para muitos, choca o fato do evangelho não incluir a menção de uma cruz. Por quê? Porque a cruz não era essencial à nossa salvação. Cristo tinha que ser crucificado para cumprir a profecia relacionada à forma de morte do Messias (Sl 22), não porque a cruz em si tinha alguma ligação com nossa redenção. O imprescindível era o derramamento do sangue de Cristo em Sua morte como prenunciado nos sacrifícios do Antigo Testamento, pois "sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9.22); "é o sangue que fará expiação em virtude da vida" (Lv 17.11). Não dizemos isso para afirmar que a cruz em si é insignificante. O fato de Cristo ter sido pregado numa cruz revela a horripilante intensidade da maldade inata ao coração de cada ser humano. Ser pregado despido numa cruz e ser exibido publicamente, morrer lentamente entre zombarias e escárnios, era a morte mais torturantemente dolorosa e humilhante que poderia ser imaginada. E foi exatamente isso que o insignificante ser humano fez ao seu Criador! Nós precisamos cair com o rosto em terra, tomados de horror, em profundo arrependimento, dominados pela vergonha, pois não foram somente a turba sedenta de sangue e os soldados zombeteiros que O pregaram à cruz, mas sim nossos pecados!

A CRUZ REVELA O MAL DO HOMEM E O AMOR DE DEUS:
Assim sendo, a cruz revela, pela eternidade adentro, a terrível verdade de que, abaixo da bonita fachada de cultura e educação, o coração humano é "enganoso... mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto" (Jr 17.9), capaz de executar o mal muito além de nossa compreensão, até mesmo contra o Deus que o criou e amou, e que pacientemente o supre. Será que alguém duvida da corrupção, da maldade de seu próprio coração? Que tal pessoa olhe para a cruz e recue dando uma reviravolta, a partir de seu ser mais interior! Não é à toa que o humanista orgulhoso odeia a cruz!
Ao mesmo tempo que a cruz revela a malignidade do coração humano, entretanto, ela revela a bondade, a misericórdia e o amor de Deus de uma maneira que nenhuma outra coisa seria capaz. Em contraste com esse mal indescritível, com esse ódio diabólico a Ele dirigido, o Senhor da glória, que poderia destruir a terra e tudo o que nela há com uma simples palavra, permitiu-se ser zombado, injuriado, açoitado e pregado àquela cruz! Cristo "a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz" (Fp 2.8). Enquanto o homem fazia o pior, Deus respondia com amor, não apenas Se entregando a Seus carrascos, mas carregando nossos pecados e recebendo o castigo que nós justamente merecíamos.

A CRUZ PROVA QUE EXISTE PERDÃO PARA O PIOR DOS PECADORES:
Existe, ainda, um outro sério problema com o símbolo, e especialmente o crucifixo católico que exibe um Cristo perpetuamente pendurado na cruz, assim como o faz a missa. A ênfase está sobre o sofrimento físico de Cristo como se isso tivesse pago os nossos pecados. Pelo contrário, isso foi o que o homem fez a Ele e só podia nos condenar a todos. Nossa redenção aconteceu através do fato de que Ele foi ferido por Jeová e "sua alma [foi dada] como oferta pelo pecado" (Is 53.10); Deus fez "cair sobre ele a iniqüidade de nós todos" (Is 53.6); e "carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados" (1 Pe 2.24). A morte de Cristo é uma evidência irrefutável de que Deus precisa, em Sua justiça, punir o pecado, que a penalidade precisa ser paga, caso contrário não pode haver perdão. O fato de que o Filho de Deus teve que suportar a cruz, mesmo depois de ter clamado a Seu Pai ao contemplar em agonia o carregar de nossos pecados ["Se possível, passe de mim este cálice!" (Mt 26.39)], é prova de que não havia outra forma de o ser humano ser redimido. Quando Cristo, o perfeito homem, sem pecado e amado de Seu Pai, tomou nosso lugar, o juízo de Deus caiu sobre Ele em toda sua fúria. Qual deve ser, então, o juízo sobre os que rejeitam a Cristo e se recusam a receber o perdão oferecido por Ele! Precisamos preveni-los!
Ao mesmo tempo e no mesmo fôlego que fazemos soar o alarme quanto ao julgamento que está por vir, precisamos também proclamar as boas notícias de que a redenção já foi providenciada e que o perdão de Deus é oferecido ao mais vil dos pecadores. Nada mais perverso poderia ser concebido do que crucificar o próprio Deus! E ainda assim, foi estando na cruz que Cristo, em seu infinito amor e misericórdia, orou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23.34). Assim sendo, a cruz também prova que existe perdão para o pior dos pecados, e para o pior dos pecadores.

CUIDADO!! NÃO ANULE A CRUZ DE CRISTO EM SUA VIDA:
A grande maioria da humanidade, entretanto, tragicamente rejeita a Cristo. E é aqui que enfrentamos outro perigo: é que em nosso sincero desejo de vermos almas salvas, acabamos adaptando a mensagem da cruz para evitar ofender o mundo. Paulo nos alertou para tomarmos cuidado no sentido de não pregar a cruz "com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo" (1 Co 1.17). Muitos pensam: "É claro que o evangelho pode ser apresentado de uma forma nova, mais atraente do que o fizeram os pregadores de antigamente. Quem sabe, as técnicas modernas de embalagem e vendas poderiam ser usadas para vestir a cruz numa música ou num ritmo, ou numa apresentação atraente assim como o mundo comumente faz, de forma a dar ao evangelho uma nova relevância ou, pelo menos, um sentido de familiaridade. Quem sabe poder-se-ia lançar mão da psicologia, também, para que a abordagem fosse mais positiva. Não confrontemos pecadores com seu pecado e com o lado sombrio da condenação do juízo vindouro, mas expliquemos a eles que o comportamento deles não é, na verdade, culpa deles tanto quanto é resultante dos abusos dos quais eles têm sido vitimados. Não somos todos nós vítimas? E Cristo não teria vindo para nos resgatar desse ato de sermos vitimados e de nossa baixa perspectiva de nós mesmos e para restaurar nossa auto-estima e auto-confiança? Mescle a cruz com psicologia e o mundo abrirá um caminho para nossas igrejas, enchendo-as de membros!" Assim é o neo-evangelicalismo de nossos dias. Ao confrontar tal perversão, A. W. Tozer escreveu: "Se enxergo corretamente, a cruz do evangelicalismo popular não é a mesma cruz que a do Novo Testamento. É, sim, um ornamento novo e chamativo a ser pendurado no colo de um cristianismo seguro de si e carnal... a velha cruz matou todos os homens; a nova cruz os entretêm. A velha cruz condenou; a nova cruz diverte. A velha cruz destruiu a confiança na carne; a nova cruz promove a confiança na carne... A carne, sorridente e confiante, prega e canta a respeito da cruz; perante a cruz ela se curva e para a cruz ela aponta através de um melodrama cuidadosamente encenado – mas sobre a cruz ela não haverá de morrer, e teimosamente se recusa a carregar a reprovação da cruz."

A CRUZ É O LUGAR ONDE NÓS MORREMOS EM CRISTO:
Eis o "x" da questão. O evangelho foi concebido para fazer com o eu aquilo que a cruz fazia com aqueles que nela eram postos: matar completamente. Essa é a boa notícia na qual Paulo exultava: "Estou crucificado com Cristo". A cruz não é uma saída de incêndio pela qual escapamos do inferno para o céu, mas é um lugar onde nós morremos em Cristo. É só então que podemos experimentar "o poder da sua ressurreição" (Fp 3.10), pois apenas mortos podem ser ressuscitados. Que alegria isso traz para aqueles que há tempo anelam escapar do mal de seus próprios corações e vidas; e que fanatismo isso aparenta ser para aqueles que desejam se apegar ao eu e que, portanto, pregam o evangelho que Tozer chamou de "nova cruz".
Paulo declarou que, em Cristo, o crente está crucificado para o mundo e o mundo para ele (Gl 6.14). É linguagem bem forte! Este mundo odiou e crucificou o Senhor a quem nós amamos – e, através desse ato, crucificou a nós também. Nós assumimos uma posição com Cristo. Que o mundo faça conosco o que fez com Ele, se assim quiser, mas fato é que jamais nos associaremos ao mundo em suas concupiscências e ambições egoístas, em seus padrões perversos, em sua determinação orgulhosa de construir uma utopia sem Deus e em seu desprezo pela eternidade. Crer em Cristo pressupõe admitir que a morte que Ele suportou em nosso lugar era exatamente o que merecíamos. Quando Cristo morreu, portanto, nós morremos nEle: "...julgando nós isto: um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2 Co 5.14-15). "Mas eu não estou morto", é a reação veemente. "O eu ainda está bem vivo." Paulo também reconheceu isso: "...não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço" (Rm 7.19). Então, o que é que "estou crucificado com Cristo" realmente significa na vida diária? Não significa que estamos automaticamente "mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus" (Rm 6.11). Ainda possuímos uma vontade e ainda temos escolhas a fazer.

O PODER SOBRE O PECADO:
Então, qual é o poder que o cristão tem sobre o pecado que o budista ou o bom moralista não possui? Primeiramente, temos paz com Deus "pelo sangue da sua cruz" (Cl 1.20). A penalidade foi paga por completo; assim sendo, nós não tentamos mais viver uma vida reta por causa do medo de, de outra sorte, sermos condenados, mas sim por amor Àquele que nos salvou. "Nós amamos porque ele nos amou primeiro" (1 Jo 4.19); e o amor leva quem ama a agradar o Amado, não importa o preço. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra" (Jo 14.23), disse o nosso Senhor. Quanto mais contemplamos a cruz e meditamos acerca do preço que nosso Senhor pagou por nossa redenção, mais haveremos de amá-lO; e quanto mais O amarmos, mais desejaremos agradá-lO. Em segundo lugar, ao invés de "dar duro" para vencer o pecado, aceitamos pela fé que morremos em Cristo. Homens mortos não podem ser tentados. Nossa fé não está colocada em nossa capacidade de agirmos como pessoas crucificadas mas sim no fato de que Cristo foi crucificado de uma vez por todas, em pagamento completo por nossos pecados.
Em terceiro lugar, depois de declarar que estava "crucificado com Cristo", Paulo acrescentou: "logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim" (Gl 2.20). O justo "viverá por fé" (Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38) em Cristo; mas o não-crente só pode colocar sua fé em si mesmo ou em algum programa de auto-ajuda, ou ainda num guru desses bem esquisitos.

PODE HAVER CRENÇAS RELIGIOSAS QUE NEGUEM A EFICÁCIA DA CRUZ?:
Tristemente, a fé católica não está posta na redenção realizada por Cristo de uma vez para sempre na cruz, mas na "missa", que, alegadamente, é o mesmo sacrifício como o que foi feito na cruz, e confere perdão e nova vida cada vez que é repetida. Reivindica-se que o sacerdote transforma a hóstia e o vinho no corpo literal e no sangue literal de Cristo, fazendo com que o sacrifício de Cristo esteja perpetuamente presente. Mas não há como trazer um evento passado ao presente. Além do mais, se o evento passado cumpriu seu propósito, não há motivo para querer perpetuá-lo no presente, mesmo que pudesse ser feito. Se um benfeitor, por exemplo, paga ao credor uma dívida que alguém tem, a dívida sumiu para sempre. Seria sem sentido falar-se em reapresentá-la ou reordená-la ou perpetuar seu pagamento no presente. Poder-se-ia lembrar com gratidão que o pagamento já foi feito, mas a reapresentação da dívida não teria valor ou sentido uma vez que já não existe dívida a ser paga. Quando Cristo morreu, Ele exclamou em triunfo: "Está consumado" (Jo 19.30), usando uma expressão que, no grego, significa que a dívida havia sido quitada totalmente. Entretanto, o novo Catecismo da Igreja Católica diz: "Como sacrifício, a Eucaristia é oferecida como reparação pelos pecados dos vivos e dos mortos, e para obter benefícios espirituais e temporais de Deus" (parágrafo 1414, p. 356). Isso equivale a continuar a pagar prestações de uma dívida que já foi plenamente quitada. A missa é uma negação da suficiência do pagamento que Cristo fez pelo pecado sobre a cruz! O católico vive na incerteza de quantas missas ainda serão necessárias para fazê-lo chegar ao céu.

A CRUZ É A SEGURANÇA PARA O PRESENTE E PARA TODA A ETRENIDADE:
Muitos protestantes vivem em incerteza semelhante, com medo de que tudo será perdido se eles falharem em viver uma vida suficientemente boa, ou se perderem sua fé, ou se voltarem as costas a Cristo. Existe uma finalidade abençoada da cruz que nos livra dessa insegurança. Cristo jamais precisará ser novamente crucificado; nem os que "foram crucificados com Cristo" ser "descrucificados" e aí "recrucificados"! Paulo declarou: "porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus" (Cl 3.3). Que segurança para o presente e para toda a eternidade! (Dave Hunt – TBC 10/95 – traduzido por Eros Pasquini, Jr.)

TEXTO EXTRAÍDO DA REVISTA CHAMADA DA MEIA NOITE DE JANEIRO DE 1996

QUEM É JESUS NOS LIVROS DA BÍBLIA SAGRADA?

Ele, Jesus, é o tema central da Bíblia:

Em Gênesis, Jesus é o "Cordeiro no altar de Abraão";
em Êxodo, Ele é o "Cordeiro da Páscoa";
em Levítico, Ele é o "Sumo-sacerdote";
em Números, Ele é a "Nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante a noite";
em Deuteronômio, Ele é a "Cidade de nosso refúgio";
em Josué, Ele é o "Tecido vermelho na janela de Raabe";
em Juízes, Ele é o nosso "Justo juiz";
em Rute, Ele é o nosso "Parente redentor";
em I e II Samuel, Ele é o nosso "Profeta confiável";
em I e II de Reis e I e II de Crônicas, Ele é o nosso "Governador soberano";
em Esdras, Ele é o nosso "Escriba fiel";
em Neemias, Ele é o "Reconstrutor de tudo que está destruído";
em Ester, Ele é o "Mordecai assentado fielmente no portão";
em Jó Ele é o nosso "Redentor que vive para sempre";
em Salmos, Ele é o "Pastor que nada nos deixa faltar";
em Provérbios e Eclesiastes, Ele é a nossa "Sabedoria";
em Cantares, Ele é o "Belo noivo";
em Isaías, Ele é o "Servo sofredor";
em Jeremias e Lamentações, Ele é o "Profeta que chora";
em Ezequiel, Ele é o "Renovo maravilhoso";
em Daniel, Ele é o "Quarto homem na fornalha";
em Oséias, Ele é o "Amor sempre fiel";
em Joel, Ele é o "Que nos batiza com o Espírito Santo";
em Amós, Ele é o "Que leva nossos fardos";
em Obadias, nosso "Salvador";
em Jonas, Ele é o "Grande missionário que leva ao mundo a Palavra de Deus";
em Miquéias, Ele é o "Mensageiro dos pés formosos";
em Naum, Ele é o "Justo vingador";
em Habacuque, Ele é a "Sentinela orando pelo reavivamento";
em Sofonias, Ele é o "Senhor poderoso para salvar";
em Ageu, Ele é o "Restaurador de nossa esperança perdida";
em Zacarias, é a nossa "Fonte de água";
em Malaquias, Ele é o "Sol da justiça com a cura em suas asas";

Em Mateus, Ele é o "Cristo, o Filho do Deus vivo";
em Marcos, Ele é o "Operador de milagres";
em Lucas, Ele é o "Filho do Homem";
em João, Ele é a "Porta pela qual todos devem entrar";
em Atos, Ele é a "Luz brilhante que aparece a Saulo no caminho de Damasco";
em Romanos, Ele é o nosso "Justificador";
em I Coríntios, nossa "Ressurreição";
em II Coríntios, Ele é o "Que leva os nossos pecados";
em Gálatas, Ele é o "Que nos redime da Lei";
em Efésios, Ele é a nossa "Riqueza insondável";
em Filipenses, Ele é o "Que supre todas as nossas necessidades";
em Colossenses, Ele é a "Plenitude do Deus encarnado";
em I e II Tessalonicenses, Ele é o nosso "Rei que virá";
em I e II Timóteo, Ele é o "Mediador entre Deus e o homem";
em Tito, Ele é a nossa "Bendita esperança";
em Filemom, Ele é o "Amigo mais chegado que um irmão";
em Hebreus, Ele é o "Sangue do pacto eterno";
em Tiago, Ele é o "Senhor que cura o doente";
em I e II Pedro, Ele é o "Pastor principal";
nos livros de João, Ele é o "Que tem a ternura do amor";
em Judas, Ele é o "Senhor que vem com milhares de seus santos";
E em Apocalipse, a Igreja é conclamada a levantar os olhos, pois é chegada a sua redenção. E Ele, Jesus, é o "Rei dos reis e Senhor dos senhores"!

terça-feira, maio 12, 2009

QUANDO DEUS SE RECUSOU A OUVIR...

"Quando multiplicais as vossas orações, não as ouço".
Poderá alguém ouvir palavras mais desanimadoras da boca do seu Deus que o criou? O que faria para merecer tal rejeição? Não parece razoável, segundo a propaganda religiosa dos dias de hoje, dizer que Deus recusaria ouvir alguém. Essas palavras foram faladas ao povo escolhido de Deus em Isaías 1:15. Os mesmos israelitas que Deus resgatou da escravidão egípcia, sustentou através do deserto e para quais ele entregou a terra frutífera de Canaã estavam, na época de Isaías, multiplicando suas orações. Mas, os ouvidos "surdos" de Deus não as ouviram. Mais ainda, ele mandou que parassem de levar suas ofertas vãs, pois ele se cansou delas (Isaías 1:13-14). Não existem palavras mais fortes para avisar os israelitas do seu estado espiritual e do perigo iminente no fim do caminho que eles tinham escolhido. Eles estavam espiritualmente mortos nas suas transgressões, e Deus não os ouvia.
Enquanto eles permaneciam mortos na iniqüidade, Deus não os ouviria. Porém, ele encorajou que se arrependessem: "Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal" (Isaías 1:16). Eles teriam que mudar seus corações e se arrepender dos seus pecados antes de Deus os perdoar e os ouvir de novo.
Segundo Isaías, Deus ouve as orações das pessoas que estão em comunhão com ele. Isso quer dizer que devemos seguir as ordenanças que ele tem dado e adorá-lo da maneira que ele pediu. Os israelitas acharam que Deus os ouviu quando ofereciam louvor e sacrifícios a Deus, mas a adoração deles havia se tornado hábito e ritual. "Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim" (Isaías 29:13).
Quando falamos ao nosso Pai, queremos que ele nos ouça. Vamos nos comportar de uma maneira que as nossas orações nunca sejam rejeitadas.

UM GRANDE ABISMO NOS SEPARA

Abraão disse ao homem rico: “Está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós” (Lucas 16:26)
Não existia nenhuma possibilidade de alívio para o rico que se encontrou na agonia da chama. Um grande abismo o separou de Lázaro, que estava no seio de Abraão. Nenhuma água viria para amenizar o sofrimento do rico e resfriar a língua dele. A finalidade desta conclusão é horrível demais para compreender e, por isso, evitamos pensar nesta possibilidade para nós ou até para outras pessoas. O abismo foi posto e os destinos destes dois homens, decididos. Um teria conforto eterno, e o outro, agonia sem fim.
Antes de estes homens morrerem, tiveram todas as opções, oportunidades sem fim. Havia um grande abismo que os separava na vida, mas teria sido possível atravessá-lo. O rico tinha oportunidade para atravessar aquele abismo e aliviar o sofrimento de Lázaro. Era preciso mostrar amor e preocupação para com o outro, e ele tinha condições para fazer isso. Quando viu Lázaro à sua porta, poderia ter espantado os cães, levantado o mendigo e, com a ajuda dos seus servos, poderia ter lavado as feridas e colocado curativos. Lázaro, vestido em roupas limpas de púrpura e linho fino, sem mau cheiro ou manchas, poderia ter sentado à mesa do rico para saborear sua comida deliciosa.
A generosidade e a bondade do rico teriam animado todos que o conheciam. Os irmãos – aqueles com quem ele se preocupou quando já era tarde demais – poderiam ter sido influenciados pela ajuda dada pelo rico ao mendigo, a quem ele agora estaria tratando como irmão. Quando morressem, Lázaro e o rico poderiam ter continuado a cear à mesa do Senhor no seio de Abraão. Que possibilidade maravilhosa! Que realidade trágica!
Satanás cria abismos falsos nas nossas mentes. Estes abismos levam muitos à beira daquele abismo fixo na eternidade sobre o qual eles vão olhar com desejo, mas sem esperança. Não podemos deixar Satanás nos enganar assim. Deus revela ao nosso coração, por meio da palavra dele, as oportunidades sem fim de uma vida abençoada. Avareza, egoísmo, miopia espiritual, animosidade e ignorância são abismos que podem ser atravessados agora, se deixarmos Deus mostrar o caminho.
“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Coríntios 15:57-58).

JESUS FICOU REALMENTE 3 DIAS E 3 NOITES NO TÚMULO?

Respondendo ao pedido dos escribas e fariseus, Jesus disse: “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra” (Mateus 12:40). Esta afirmação tem sido a base para várias conclusões contraditórias. Alguns criam uma cronologia diferente, negando o significado de passagens que dizem que Jesus foi crucificado na “véspera do sábado” (Marcos 15:42; cf. Lucas 23:54) e que foi ressuscitado cedinho no primeiro dia da semana (Mateus 28:1-6), que era o terceiro dia (1 Coríntios 15:4). Outros usam esta dificuldade para dizer que a Bíblia não é confiável, que ela se contradiz.
Pois bem, a Bíblia foi escrita principalmente em hebraico e grego, e estes idiomas, como outros, usam suas próprias maneiras de se expressar, inclusive diversas expressões idiomáticas. Jamais forçaríamos uma interpretação literal de expressões comuns como “pisar em ovos”, “perna-de-pau” ou “bater na mesma tecla”.
As línguas antigas também tinham suas expressões próprias – palavras ou frases figuradas ou idiomáticas. Um exemplo disto é a contagem de tempo pelos judeus. O Rabi Eleazar Bar Azaria (100 d.C.) explicou: “um dia e uma noite fazem um ‘yom’ (24 horas), mas um ‘yom’ começado, vale um ‘yom’ inteiro”. Entendendo esta maneira de se expressar, compreendemos que um período que inclui parte da sexta-feira, o sábado inteiro e parte do domingo poderia ser descrito como “três dias e três noites”.
Há vários exemplos na Bíblia onde parte de um dia é contada como se fosse um dia inteiro. Ester falou que ia falar com o rei depois dos judeus jejuarem por três dias, e ela entrou na presença do rei “ao terceiro dia”, e não ao quarto dia, que seria literalmente depois dos três dias de jejum (Ester 4:16; 5:1). Roboão mandou que Jeroboão voltasse a ele “após três dias”, e Jeroboão obedeceu quando voltou “ao terceiro dia” (2 Crônicas 10:5,12).
Jesus falou que ressuscitaria “no terceiro dia” (Mateus 16:21; 17:23; 20:19), ou “depois de três dias” (Marcos 8:31; 10:34). Até os inimigos de Jesus entenderam o significado das profecias sobre a ressurreição. Para eles, “depois de três dias” significava “ao terceiro dia” (Mateus 27:63-64).
Quando juntamos todas as evidências, podemos entender que Jesus ressuscitou no terceiro dia, cumprindo perfeitamente as profecias sobre sua morte, sepultamento e ressurreição.
"QUEM TEM OUVIDOS, OUÇA O QUE O ESPÍRITO DIZ A IGREJA..." Ap 3: 17

ESTUDO SOBRE O LIVRO DE APOCALIPSE

O Livro de Apocalipse é dividido em cinco partes principais:
1. Prólogo, ou introdução, 1.1-8
2. "As coisas que viste" fala do que estava acontecendo naquele momento: 1.9-20
3. "As coisas que são" se refere às cartas que João começava a escrever: 2.1 . 3.22
4. "As coisa que hão de acontecer depois destas" ou seja, todo o restante do livro: 4.1 . 22.5
5. Epílogo, ou o final do livro: 22.6-21
Este é o único livro da Bíblia que promete bênção a quem o lê (1.3), no entanto é o mais enigmático dos livros. Possui muitas alegorias e está repleto de textos de difícil interpretação. Não devemos ter medo de lê-lo, desde que nesta leitura busquemos a instrução e ajuda do Espírito Santo, para não fazermos conclusões impróprias. Para compreendê-lo melhor é necessário muita dedicação no estudo.
A palavra Apocalipse vem do grego e quer dizer "descobrir", "revelação". O livro tem este título por causa do primeiro versículo e também por causa do seu conteúdo. Foi escrito por João, o apóstolo, que o escreveu quando esteve exilado na ilha de Patmos, devido a perseguição aos cristãos imposta pelo Imperador Romano.
Apocalipse foi o últimos livro a ser escrito, por volta do ano 95 d.C. Nesta época o Imperador era o cruel Domiciano, que nutria um ódio mortal pelos cristãos.
A partir do capítulo quatro todo o texto de Apocalipse trata do futuro (as que hão de acontecer), por isso se faz necessário voltarmos um pouco na história para compreendermos melhor o futuro. Na verdade, seria preciso um profundo estudo do livro de Daniel, pois de modo incrível podemos afirmar que Apocalipse é o complemento do livro de Daniel. Então vamos lá:
Daniel foi levado ainda muito jovem para Babilônia em 605 a.C. quando esta derrotou de vez Jerusalém e levou muitos cativos. Em Babilônia Daniel teve algumas visões acerca do fim dos tempos. Vamos falar resumidamente dos pontos mais importantes.
No capítulo dois de Daniel o rei Nabucodonossor tem um sonho. Uma estátua que, de acordo com a interpretação, representa o domínio babilônico (cabeça de ouro); o domínio Medo-Persa (peito e braços de prata); o império Grego (ventre de bronze); o último império, o romano é dividido em duas partes (as duas pernas de ferro) refere-se até a época de Constantino e os pés de ferro misturados com barro, refere-se ao futuro império romano, que muitos concordam se tratar da União Européia (os dez dedos serão dez países).
A mesma simbologia é mostrada no capítulo sete, onde temos quatro animais que representam:
O primeiro animal – Babilônia
O segundo animal - Medos e Persas
O terceiro animal - os Gregos
O quarto animal - o Império Romano

No capítulo nove Daniel recebe a visão das setenta semanas (9.24-27) "Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o santíssimo. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará, mas em tempos angustiosos. E depois de sessenta e duas semanas será cortado o ungido, e nada lhe subsistirá; e o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações. E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador; e até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador". Estas semana são semanas proféticas, onde cada dia representa um ano. Assim, cada dia da nossa semana normal, representa um ano (365 dias), o que nos leva a seguinte sentença matemática: 70 vezes 7.
Deus revela a Daniel que a história dos judeus ("sobre o teu povo") estaria limitada a mais 490 anos, a partir de um ponto inicial que foi minuciosamente determinado por Ele. Este marco inicial é a ordem do Rei Artaxerxes Longimanus, emitida em 445 (Ne 2.5) Deus também diz que entre a semana 69ª e a 70ª, haveria um intervalo de tempo, que não foi determinado o quanto. Este tempo é o período onde Ele passaria a se relacionar com outro povo: a Igreja. Neste texto acima, vemos que Deus revela a Daniel que Jesus seria morto. Ao morrer, Jesus abre o caminho para a Igreja, e dá início ao intervalo de tempo mencionado no parágrafo anterior. Este intervalo é o que estamos vivendo hoje. Não sabemos quanto tempo ele vai durar, mas as profecias apontam para breve o seu fim. Pessoalmente eu creio que esta geração será a que passará pela experiência do arrebatamento.
Quando Deus decidir, este parêntese será fechado e aí retoma-se a contagem das semanas, que será a 70ª. Mais adiante vamos entender melhor. As revelações do Apocalipse a partir do capítulo quatro são justamente esta última semana da profecia de Daniel. Compreendido um pouco do passado, vamos agora tentar entender o futuro. O que será preciso acontecer para dar reinício à contagem das semanas ? Exatamente o arrebatamento da Igreja. É isto que vai "dar corda ao relógio" de Deus. Vamos ver como isto será:

ORDEM DOS EVENTOS ESCATOLÓGICOS
Como se percebe, com a morte de Cristo, cumpriu-se o último evento da semana de número 69 da profecia de Daniel. Inicia-se o Parêntese de Deus. E o que vai determinar o reinício da contagem da semana derradeira para o cumprimento total da profecia? É justamente a retirada da Igreja pelo que conhecemos como arrebatamento. Como disse, a profecia de Daniel é para o povo judeu (Dn 9.24 "sobre o teu povo") e como estamos vivendo o período de "intervalo", nós, a Igreja, precisamos ser afastados para que Deus trate com Israel.
Vamos ver como será, então, os futuros eventos na história da humanidade, de que nos fala o livro de Apocalipse.

I-ARREBATAMENTO DA IGREJA: O arrebatamento da Igreja é o "rapto" dos cristãos que estiverem vivos, antecedido pela ressurreição e reunião com os cristãos que já morreram (I Ts 4.16). É o marco decisivo na história da humanidade. É o que "dará corda" no relógio de Deus. Alguns estudiosos afirmam que o arrebatamento será no fim da Grande Tribulação, ou seja, a Igreja sofrerá os danos destes sete anos de tormento. No entanto as razões para não crermos que a Igreja passará por este período aqui na terra são muitas. Basicamente:

1. A Grande Tribulação fala de juízo, da ira de Deus, de castigo e indignação, de angústia, destruição e obscuridade. Estas coisas são incompatíveis para com a noiva de Cristo. Sabemos que a Igreja já foi justificada, portanto não está debaixo de juízo ou da ira de Deus . Rm 3.24; 5.9; I Co 6.11.
2. Se a Igreja vai passar pela Grande Tribulação, então pode-se datar com certa precisão a segunda vinda de Cristo. Basta identificar o início da Grande Tribulação e contar mais sete anos.
3. Os sofrimentos causados por Antioco Epífanes são tidos como tipo da Grande Tribulação. Se pudermos afirmar isto, devemos concluir que se refere a Israel, nada tendo a ver com a Igreja.
4. Qual a razão da Grande Tribulação?
5. Purificação: Se a purificação pelo sofrimento se faz mister, então o Sangue de Jesus não é suficiente em si mesmo.
6. Juízo: Se a Igreja precisa sofrer juízo, a morte de Cristo igualmente se faz ineficaz em si mesma.
7. Alguém identificou as duas testemunhas de Ap 11 como sendo Israel e a Igreja. Se uma das duas testemunhas a que se refere o texto de é a Igreja, por que ela vai morrer? Como será a morte da Igreja?
8. Se os sofrimentos da Grande Tribulação são imprescindíveis, não seria injusto os períodos de paz e tranqüilidade que muitas gerações, como a nossa por exemplo, viveram ou vivem em face a estes derradeiros cristãos da história da Igreja?
9. De acordo com Daniel 9, os fatos que ocorrerão na Grande Tribulação têm a ver diretamente com Israel. Daniel não nos diz quando vão começar, apenas que vão durar sete anos. O que marcará o início da contagem destes sete anos? O arrebatamento da Igreja.
10. A Grande Tribulação será marcada pela ação poderosa de Satanás na terra. Alguma coisa o impede para que não exerça este domínio agora. É o que nos diz II Ts 2.1-12. A pergunta não deve ser quem é este alguém, mas: quando este detetor será tirado? Imediatamente antes do início da Grande Tribulação. Vejamos: Se for o Espírito Santo a quem Paulo se refere, como poderá subsistir a Igreja sem a presença dele em nossos corações? O Espírito Santo então deixará de morar no coração de cada crente. Isto é possível? É Ele quem nos convence do que é certo ou errado; é Ele quem nos inspira orar e adorar verdadeiramente; é Ele quem nos leva a Cristo; se Ele for, a Igreja vai junto. No entanto, dentre as várias razões para crer que Paulo se refere a Igreja, é que a autoridade sobre o poder das trevas foi concedido a ela (Lc 10.18-19; Mt 16.18). Para que Satanás tenha liberdade nas suas ações, a Igreja precisa ser retirada.
11. "As nações do mundo serão julgadas. O Homem e seus reinos rejeitaram a Deus e receberão o castigo. Israel será levado a uma hora de reflexão e, por fim, voltar-se a Cristo. A Tribulação não foi preparada para a Igreja, porque a ira de Deus sobre ela foi apagada na cruz do Calvário" (Kepler Nigh . Manual de Estudos Proféticos, ed. Vida).

ARREBATAMENTO X SEGUNDA VINDA DE CRISTO.
O arrebatamento é o "rapto" da Igreja para livrá-la dos juízo de Deus sobre a terra. A segunda vinda é a volta de Cristo para reinar na terra e será no final da Grande Tribulação. Todos concordam que a última semana de Daniel 9.24-27 é esta semana do Apocalipse. Concordam também que estas semanas são de tratamento exclusivo de Deus com o povo de Israel. Nada têm a ver com a Igreja. A Igreja é a noiva de Cristo. Ela ocupa um lugar todo especial e somente a Noiva terá privilégios que ninguém mais terá. Podemos ver no livro de Apocalipse que haverá pessoas que serão salvas na Grande Tribulação, não pela fé em Cristo, mas por causa da fidelidade ante os sofrimentos. No entanto, não há uma só brecha de interpretação que estes salvos serão Noiva de Cristo. Podemos ver que Moisés, Davi, Daniel, entre outros, nunca foram chamados de Noiva de Cristo. Isto porque não são. Noiva somos somente nós, que fomos privilegiados e predestinados por Deus para ocupar tal posição incomparável no reino dos céus. Lá, Moisés será Moisés; Davi será Davi; Daniel será Daniel; você e eu seremos a Noiva de Cristo.

ARREBATAMENTO
1. A Palavra arrebatamento no original significa: arrancado de repente pela força.
2. Jesus vem em secreto para buscar os crentes.
3. Os crentes serão transformados! (Mt 25.13; Lc 17:20-37; Jo 14.3; I Co 15.51-52; Fl 3.20-21; I Ts 2.19; I Ts 4.13-18; II Ts 2.1; Tt 2.13; Tg 5.7-8; Hb 9.28; II Pe 3.10-12; I Jo 3.2;).

SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. Jesus vem para julgar.
2. Salvar os que se arrependeram dentre o povo.
3. Dar início ao Milênio.
4. Reinar como o descendente prometido de Davi, como Rei de Israel. (Mt 24.30; 25.31-32; Lc 1.32; Fp 2.9-10; Cl 3.4; I Jo 3.2-3; Jd 14-15; Ap 19.19-21; Ap 20.4 ).

II-A GRANDE TRIBULAÇÃO: Os eventos que ocorrerão na semana de número 70 de Daniel são descritos em Apocalipse. Será um período de 7 anos, divido em duas partes de 3 anos e meio cada. Na primeira metade, Satanás trará alguns males, representado pelos selos. Enganará os moradores da terra, trazendo relativa paz e tranqüilidade; resolverá os problemas políticos e econômicos, mas, ao tentar receber adoração dos judeus, dentro do templo reconstruído em Jerusalém, no lugar santíssimo, será rompida a aliança entre ele e Israel. Após isso, sobrevirá sobre a terra os juízos de Deus, chamados de trombetas e taças. Aparentemente, estes dois últimos acontecerão simultaneamente. Alguns destes juízos serão catástrofes naturais (terremotos, maremotos, pragas, poluições, quedas de asteróides, etc.), mas haverá também juízos sobrenaturais.

OS SELOS
1. Primeiro Cavaleiro . branco . O anticristo se apresenta.
2. Segundo Cavaleiro . vermelho . Guerra generalizada.
3. Terceiro Cavaleiro . preto . Escassez de alimento.
4. Quarto Cavaleiro . amarelo . Mortalidade mundial.
5. Os santos são martirizados.
6. Cataclismos no céu e na terra .
7. A abertura das trombetas

AS TROMBETAS
1. A terça parte da terra consumida pelo fogo.
2. A terça parte da do mar é destruído
3. A terça parte da água potável se torna imprópria.
4. O sol perde um terço da sua luminosidade.
5. Primeiro ai . Gafanhotos do abismo
6. Segundo ai . A terça parte dos homens são mortos.
7. Terceiro ai . A abertura da Taças.

AS TAÇAS
1. Tumores e pestes generalizadas.
2. Morte de toda a vida marinha.
3. Total perda das águas potáveis.
4. Irradiação solar se agrava profundamente, provocando a morte dos homens.
5. O Anticristo é imobilizado.
6. Batalha do Armagedom.
7. Babilônia é destruída.

A TRINDADE SATÂNICA
A BESTA: (Dn 4.16,23; 7.3,7; Ap 11.7; Ap 13.1,4; 14.11; 17.8,11), Líder Político. Preparará o caminho para o anticristo.
O FALSO PROFETA: (Ap 16.13; 19.20; 20.10), Líder Religioso. Seu propósito será imitar a obra do Espírito Santo (Mt 24.11) promovendo o culto ao anticristo.
O ANTICRISTO: (Dn 11.37; Ap 9.19; 13.5; Dn 7.8), O Falso Cristo. Os textos que lhe fazem referência indicam que pode ser um homossexual e um blasfemador.

III-AS BODAS DO CORDEIRO: Que acontecerá ao final da Grande Tribulação, instantes antes da 2ª vinda de Cristo à terra, para a batalha do armagedom (Ap 19.1-8)? A Igreja arrebatada instantes antes do início da Grande Tribulação, esteve todos este anos se preparando para as bodas, tal qual uma noiva comum, a de Cristo também precisa de muito tempo para se embelezar para o seu noivo.

IV-A BATALHA DO ARMAGEDOM: É a batalha de Cristo junto com seu exército para defender Israel do ataque das nações confederadas contra estes no vale do Armagedom. É aqui que se cumpre a profecia de Daniel 2.34-35. Na Grande Tribulação, as nações continuarão existindo como hoje. Um líder político governará o mundo. Estamos caminhando para isso com as globalizações da economia e política nos vários "mercados comuns". Na metade da Grande Tribulação uma aliança conseguida com os judeus desde o início será quebrada, pois o Anticristo, Satanás, vai querer receber adoração dentro do Santo dos Santos do Templo judeu reconstruído. Como estes não farão isto, Satanás reunirá muitas nações para varrer Israel do mapa. É aí que Cristo aparece e destrói todos os inimigos dos judeus.

V-O MILÊNIO: O Milênio será um período de mil anos que será implantado logo após a batalha do Armagedom. Neste período Jesus estará reinando na terra, em Israel, como Rei de todo o mundo. Nestes anos a terra será um local de perfeita paz, como descreve Is 11.6-9. Após estes mil anos, Satanás, que esteve preso por todo este tempo, será solto para provar uma vez mais os habitantes da terra. Por fim ele será lançado definitivamente no inferno, junto com todos os demônios, a morte e todos que não se encontram inscritos no livro da vida. Neste período de mil anos, Cristo reinará na terra, junto com os santos que foram ressuscitados no final da Grande Tribulação (Ap 19.4-6).

VI-SATANÁS: Será solto por um tempo não determinado, seduzirá novamente as nações. Então será definitivamente lançado no lago de fogo e enxofre, onde já estão a besta e o falso profeta (Ap 19.7-10).

VII-O JUÍZO FINAL: Aqui serão julgados todos os homens, os salvos para receberem o galardão, e os ímpios para a condenação eterna.

VIII-O ESTADO ETERNO: A nova Jerusalém de Apocalipse 21 e 22 é o lugar onde toda a humanidade passará a eternidade, ao lado de Deus, do Senhor Jesus e do Espírito Santo.

EVENTOS QUE OCORRERÃO DENTRO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
AS DUAS TESTEMUNHAS: Não há unanimidade em relação a estas duas testemunhas por parte dos estudiosos. Sabe-se apenas que elas terão um papel muito importante dentro do contexto da Grande Tribulação. Parece que será pelo ministério profético delas que Israel romperá o pacto com o Anticristo. Qualquer coisa além do que está literalmente escrito em Apocalipse, é mera especulação. E, como a atuação delas não afeta nossa linha teológica, não vale a penar gastar muito tempo neste assunto.
OS 144 MIL: "Possivelmente o grupo dos 144 mil do cap. 14 não é o mesmo do cap. 7. Cremos que haverá um remanescente fiel de 144 mil judeus (na terra, Ap 7.4b) e um grupo de 144 mil primícias para Deus e para o Cordeiro (que chegam ao céu na primeira ressurreição, Ap 14.4b). Estas primícias são pessoas que buscaram um lugar perto do Senhor(...).
Levando-se em conta de que não se trata de um assunto que muda os fundamentos da fé, temos proposto que serão dois grupos de 144 mil. Em apoio a este ponto de vista, observamos que:
1. São Judeus (cap. 7) selados para atravessarem a tribulação (na terra) e os 144 mil do cap. 14 se encontram com o Cordeiro sobre o monte Sião (figura do céu).
2. Na Bíblia .primícia(s). nunca é usada com relação a Israel, mas usa-se com relação à Igreja (I Co 15.23, Tg 1.18).
3. Tinham sido comprados da terra (Ap 14.3b). Esta linguagem fala de toda a terra, não somente dos judeus. O grupo do cap. 7 é nomeado especificamente como de judeus.
4. Com relação à regra de não separar eventos entrelaçados por palavras depois destas coisas ou similares, os 144 mil judeus (cap. 7) seguem o sexto selo (última parte da tribulação) e outro grupo do capítulo 14 está no céu (sobre o monte Sião) depois da apresentação das bestas (início da tribulação).
Destacamos que esta interpretação concernente aos dois grupos de 144 mil não tem nada a ver com certas seitas falsas que limitam o número de 144 mil a pessoas salvas. Que céu tão pequeno e que deus tão minúsculo o destas seitas!" (Kepler Nigh . Manual de estudos proféticos, ed. Vida).

A BÍBLIA FALA DE QUATRO TIPOS DE RESSURREIÇÕES:
1. A ressurreição dos crentes, que acontecerá imediatamente antes do arrebatamento . I Ts 4.16
2. A ressurreição dos martirizados que não fizeram pacto com Satanás . Ap 19.1-8
3. A ressurreição dos santos do milênio . não há nenhuma referência bíblica a esta ressurreição, mas a Bíblia diz que haverá mortos (Is 65.20), portanto deverá haver ressurrectos.
4. A ressurreição dos ímpios, após a prisão eterna de Satanás.

A VOLTA DE CRISTO
Aprendemos um pouco atrás a diferença entre arrebatamento e segunda vinda de Cristo. Porém é comum chamarmos este dois evento de segunda vinda. De uma certa forma é mesmo. Um exemplo claro disso é que chamamos o templo, o edifício onde nos reunimos, de igreja. Igreja mesmo é o corpo de Cristo, ou seja, nós. No entanto todos concordam que não há nenhum problema em chamarmos o templo de igreja.
Falaremos agora de alguns textos que apontam para o eminente arrebatamento da Igreja, porém nos referiremos como Segunda Vinda de Cristo, ou a Volta de Jesus, entretanto fica desde já esclarecida a ressalva.
"Mas vós, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia" . I Pe 3.8. Isto tanto pode falar de modo profético, como também que Deus não está limitado à mesma dimensão de tempo dos seres humanos. Por esta razão, os sete anos em que a Igreja passará no céu, a espera que a Grande Tribulação acabe, será como alguns minutos apenas. Com este conceito básico, poderemos ver o primeiro texto: Gn 1.1 . 2.4.
O texto relata os dias da criação. Assim como Deus completou a obra em 6 dias, isto aponta para os dias da humanidade na terra, que seria de 6 mil anos. Apesar de muitos cientistas darem bilhões de anos para a o planeta, muitos outros concordam com a idade que a Bíblia nos permite constatar. Assim como o sétimo dia foi um descanso de Deus, em companhia do homem, assim será também agora: ao final dos 6 mil anos, o sétimo (o milênio de Apocalipse 20) será em companhia de Deus como governante mundial, na pessoa de Cristo.
As sete cartas de Apocalipse 2 e 3, descrevem os períodos da Igreja desde a sua fundação. Deus deu para a Igreja sete tempos para que ela estivesse atuando e exercendo autoridade na terra. Ao final destes sete tempos, ele voltará e a julgará para que, quem se achar inscrito no livro, receba o galardão a que tem direito.
Nestes dois capítulos João escreve sete cartas, para sete igrejas. Por que não oito, ou dez? O número sete aponta para a perfeição de Deus, sendo assim, são sete os períodos de tempo da Igreja.
De acordo com historiadores, a Igreja teve períodos com certa duração de tempo, assim:

Igreja------Tempo------Duração------Período

Éfeso------1º Tempo---100 anos-----Pentecostes até 100 d.C.

Esmirna---2º tempo----200 anos-----De 100 até 300 d.C.

Pérgamo---3º tempo---200 anos-----De 300 até 500 d.C.

Tiatira-----4ºTempo----1000 anos---De 500 até 1500 d.C.

Sardes-----5ºTempo----200 anos-----De 1500 até 1700 d.C.

Filadélfia---6ºTempo---200 anos-----De 1700 até 1900 d.C.

Laodicéia---7ºTempo----??????--------De 1900 até ?????

É interessante prestar a atenção como Jesus se apresenta e o que Ele diz a cada Igreja: "Venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa." Ap 3.11. Por que Ele não usou esta frase para Éfeso. Porque, do ponto de vista de tempo humano, para os de Éfeso a volta de Cristo ainda seria bastante demorada. A Igreja de Filadélfia, a quem Ele dirige estas palavras, conforme você pode ver no quadro, é bem contemporânea, e aqui vale esta frase. Para estes a volta é realmente sem demora.
Outro detalhe sutil, é como Jesus se apresenta à Igreja de Laodicéia: "Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus" Ap 3.14. Jesus se apresenta como O Amém, ou seja, está acabado. Não é com um amém que encerramos tudo o que fazemos ? Da mesma forma, este é o último tempo da Igreja. Ele está às portas. Não sou dado a números, pois isto leva a datas, e já sabemos que datar a volta de Cristo é uma armadilha das mais vergonhosas, mas não podemos desprezar o que estes números nos apontam. O Salmo 19.1 diz: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos". Se não confundirmos Astronomia com Astrologia, poderemos notar que Deus sempre usou os astros para comunicar algumas coisas com os homens. Veja como foi no nascimento de Cristo (Mt 2.2). A astronomia estuda os astros do ponto de vista científico e não místico e religioso como a astrologia. Esta última é pecado, mas não vou me prender a detalhes para fazer a diferença entre as duas. Espero que o leitor seja equilibrado e entenda as diferenças entre as ambas. Vários eventos astronômicos estão hoje anunciando a vinda de Cristo. Recentemente a revista americana Time publicou um artigo que a constelação de Orion (Jó 9.9) está se expandindo, e como conseqüência um buraco está se formando no meio dela. De repente apareceu uma luz dourada no meio deste buraco negro, que intrigou os cientistas. Ao analisar mais detalhadamente esta luz, perceberam que ela emite um som "em si-bemol, igual ao de uma trombeta". Compare este fato com a passagem de ITessalonicensses 4: 16 "Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro" . Em 11 de agosto deste ano houve um eclipse do sol, que juntamente com a lua, Saturno, Urano e Marte, se alinharam de forma a desenhar uma grande cruz no céu. Este evento tem sido visto como "o eclipse do milênio". Estes eventos cósmicos podem parecer escandalosos para muitos, pois parecem misticismo, mas não é nada disso. É também uma forma de o próprio Deus fazer-se ouvir até mesmo pelos mais incrédulos e descrentes. Entretanto, muito mais tem para nos dizer a própria Bíblia em várias passagens, porém vamos nos deter a apenas algumas delas:
Mt 24.32-44 32 "Aprendei, pois, da figueira a sua parábola: Quando já o seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão. Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai. Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois homens no campo, será levado um e deixado outro; estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e deixada a outra. Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor; sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem".
Veja também Os 6.1.2. "Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele despedaçou e nos sarará; fez a ferida, e no-la atará. Depois de dois dias nos ressuscitará: ao terceiro dia nos levantará, e viveremos diante dele".
Muito tem para nos dizer o texto de Mateus, mas o que quero analisá-lo a luz de Oséias. Este está dizendo que Deus iria castigar severamente seu povo Israel por dois mil anos (mil anos é como um dia...) e que no decorrer do terceiro milênio, Deus voltaria para atar as feridas abertas. Em Mateus Jesus diz que a figueira renasceria, e aí não restaria mais muito tempo para o seu retorno. Esta ferida de Oséias foi aberta em 63 a.C., quando o Império Romano conquista definitivamente a Palestina e Israel deixa de ser um Estado Soberano. Ele permanece assim até 1948, quando então volta a ser uma nação. A Figueira floresceu! A ferida começou a ser curada! A geração que está acompanhando estes acontecimentos não passará, é o que diz Jesus. Mais um fato interessante e que nos chama a atenção é que até 1948, acreditava-se que o livro de Isaías fora escrito por dois autores. Um escreveu até o capítulo 39 e outro do 40 até o 66. Mas veja você o que diz o capítulo 40 de Isaías: "Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai benignamente a Jerusalém, e bradai-lhe que já a sua malícia é acabada, que a sua iniqüidade está expiada e que já recebeu em dobro da mão do Senhor, por todos os seus pecados (...)? Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento. Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão."
Em 1947, um simples pastor de cabras, achou nas proximidades do Mar Morto, nas cavernas de Qunrâ, manuscritos que foram escondidos pelos essênios (cerca de 132-135 A.D), que ficaram conhecido como "Os Manuscritos do Mar Morto". Estes manuscritos não só jogaram por terra a idéia de dois autores para o livro de Isaías, como a mensagem de "consolo" e a data em que foi achado validam o que disse no comentário sobre os textos de Mateus e Oséias. Bem, poderíamos continuar com vários outros textos para mostrar quão breve está a volta de Nosso Senhor, mas creio que já é mais do que suficiente o que está aqui por hora. Meu desejo é que você que ler este trabalho possa refletir sobre qual a sua condição espiritual neste momento, se fará parte daqueles que estarão sendo arrebatados por Cristo, quem sabe momentos depois de ler este trabalho.

"Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor" . Fp 4.5