domingo, fevereiro 14, 2010

A PALAVRA DE DEUS AUTORIZA PASTORES SOLTEIROS?

Antes de responder à pergunta, devemos colocá-la no contexto do ensinamento do Novo Testamento. Alguns fatos são evidentes nas descrições da igreja primitiva no Novo Testamento: 1-Os termos presbítero, pastor e bispo são descrições diferentes dos mesmos servos (Atos 20:17,28; 1 Pedro 5:1-2); 2-Deus revelou, pelas epístolas de Paulo, qualificações essenciais que todos os presbíteros/bispos/pastores devem ter (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). Ele introduziu estas qualificações com as expressões “É necessário” e “é indispensável”; 3-Entre as qualificações, ele incluiu: “esposo/marido de uma só mulher” (1 Timóteo 3:2; Tito 1:6). As igrejas que seguem a palavra de Deus, portanto, insistem em pastores casados, além de exigir as outras qualificações (filhos crentes, caráter irrepreensível, capacidade para ensinar, etc). Mas, as práticas da maioria das denominações atuais são outras. Uma série de mudanças ao longo da história já criou um entendimento diferente e bem difundido no mundo religioso. Muitas igrejas fazem uma distinção não-bíblica entre pastores, presbíteros e bispos. A maioria adota qualificações humanas (formação teológica, por exemplo) no lugar das qualificações dadas por Deus. Como resultado, muitos são chamados “pastores” sem ter as qualificações bíblicas. Alguns são solteiros. Outros são casados, mas com filhos, ainda incapazes de ser crentes.
Quando alguém questiona as qualificações destes pastores, as defesas são várias. Muitos simplesmente citam as normas das suas denominações sem se preocuparem com a Palavra de Deus. Desta maneira, justificam até “pastoras”! Outros adotam interpretações que acrescentam palavras ao texto bíblico, dizendo que “se o pastor for casado, deve ter uma só mulher”. O problema óbvio é que o texto não diz isso, e nós não temos direito a acrescentar nada à palavra revelada pelo Espírito Santo.
Uma outra abordagem para justificar os pastores não qualificados é citar o próprio Jesus que, mesmo sem se casar, é o Supremo Pastor (1 Pedro 5:4; João 10:11). Se Jesus tivesse dito para escolher pastores baseado no exemplo dele, este argumento seria válido, mas incompleto. Se for aplicar o exemplo de Jesus acima da palavra revelada, teríamos que aceitar a noção ROMANA de um pastor celibatário sobre a igreja universal, pois Jesus é o pastor da igreja toda! Mas o testamento de Jesus, que entrou em vigor após a sua morte, exige pastores casados que governam bem as suas famílias e cuidam de igrejas locais.
Vamos seguir a palavra do Senhor ou as tradições dos homens? Leia Mateus 15:6-9

POR ONDE COMEÇAR, PARA SE ENTENDER A BÍBLIA?

Muitas pessoas sabem que a Bíblia é boa e importante, e até gostariam de entendê-la. Mas quando começam ler, ficam confusas e, muitas vezes, desistem do estudo quase antes de iniciar. Por onde começar para entender a Bíblia? Quero oferecer algumas sugestões práticas.

(1) Prepare o coração para aceitar e aplicar a palavra (Tiago 1:21-22)

(2) Comece com uma vista panorâmica da Bíblia. Observe que a Bíblia tem duas divisões principais: o Antigo Testamento, que é composto de livros escritos antes do nascimento de Jesus, e o Novo Testamento, que foi escrito depois da vinda dele.

O Antigo Testamento pode ser dividido em (a) livros da Lei (Gênesis - Deuteronômio), que falam sobre as origens do povo judeu e da lei que Deus lhes deu, (b) livros de História (Josué - Ester) que registram fatos importantes sobre os israelitas entre 1.400 e 400 anos a.C.), (c) livros de Sabedoria (Jó - Cântico dos Cânticos) e (d) livros de Profecia (Isaías - Malaquias), que relatam mensagens especiais de Deus para os homens ao longo de 500 anos.

O Novo Testamento se divide em (a) relatos do Evangelho (Mateus - João) que falam da vida de Jesus na terra, (b) um livro de História (Atos dos Apóstolos) que fala dos primeiros 30 anos da igreja primitiva, (c) cartas aos cristãos (Romanos - Apocalipse), escritos para orientar e encorajar igrejas e indivíduos no seu serviço ao Senhor.

(3) Desenvolva o costume de leitura. Escolha uma abordagem à leitura e separe algum tempo cada dia para ler e conhecer o conteúdo da Bíblia.

(4) Estude o texto de livros específicos. Além da leitura, dedique um tempo para regularmente estudar livros da Bíblia. Boas escolhas para iniciar são livros como Gênesis, ou um dos relatos do Evangelho. Pela leitura, vai conhecer outros livros e já poderá escolher outros para estudar depois de terminar os primeiros. O estudo dos textos bíblicos, especialmente estudando livros completos, é uma das coisas mais importantes para evitar os erros que resultam de distorções e aplicações erradas. É importante compreender os textos no seu contexto.

(5) Faça estudos de assuntos importantes para esclarecer dúvidas e entender como agir. Na leitura, nos estudos textuais, e nas conversas com outros, surgirão perguntas. Procure respostas por meio de estudo cuidadoso, verificando o sentido de palavras, juntando informações de vários textos, e sempre lembrando do contexto.

Com paciência, disciplina e dedicação, você terá o prazer de aprender muito sobre a vontade de Deus!

O LADRÃO DA CRUZ

Jesus não foi crucificado sozinho. Dois ladrões ocuparam cruzes uma de cada lado dEle (Mateus 27:38; Marcos 15:27; João 19:18). A princípio, ambos ridicularizaram Jesus (Marcos 15:29-32). Mas um deles evidentemente mudou de opinião. "Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23:39-43).

O BOM EXEMPLO DO LADRÃO
Apesar da história criminosa deste homem, ele se tornou um bom modelo. Ele se arrependeu. Inicialmente, ele tinha se juntado às pessoas zombando de Jesus. Mas, acusado por sua consciência, ele mudou e começou a defender o Senhor. É freqüentemente difícil mudar, duro admitir que estávamos errados. É muito mais fácil continuar nos velhos hábitos e ser levado pela maré. Este ladrão mudou de direção e começou a nadar contra a corrente. Ele temia a Deus. Ele já estava sofrendo uma morte angustiosa, mas entendeu que havia castigos piores do que a crucificação. O próprio Jesus tinha dito, "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo" (Mateus 10:28). A ira divina não é satisfeita totalmente por sofrimentos que experimentamos nesta vida. O castigo eterno será bem pior do que qualquer dor física na terra (João 5:14; Hebreus 10:26-31).
Ele confessou sua culpa. Ele admitiu que o sofrimento dele e do seu companheiro foi justo. Vivemos numa época em que as pessoas gostam de transferir a culpa. As pessoas são artistas na fuga da responsabilidade por suas ações, culpando seus pais, seus amigos, sua natureza ou sua má sorte. Precisamos erguer a cabeça e encarar nossos pecados e suas conseqüências. Precisamos dizer, "pequei", sem acrescentar desculpas. Sempre que cometo um erro, a culpa é minha (1 Coríntios 10:13).
Ele defendeu Jesus. Ele proclamou a inocência de Jesus. Certamente este ladrão já sabia algo sobre ele anteriormente, talvez o tivesse ouvido pregar ou mesmo tivesse-o conhecido pessoalmente. Ele reconheceu o escárnio como injusto e reprovou o outro ladrão. Muitos naquele tempo não estavam dispostos a se expor à rejeição por defender o Senhor (João 12:42-43). Estou envergonhado de proclamar minha fidelidade a Cristo? Ele acreditou na realeza de Jesus, porque pediu-lhe que se lembrasse dele quando se tornasse rei. Que admirável foi ele ter reconhecido que Jesus seria exaltado justamente no momento de sua maior humilhação. Havia muitos que o tinham visto ressuscitar os mortos e não creram; este homem viu Jesus sendo morto e creu.
Ele pediu misericórdia a Jesus. É difícil pedir socorro, porque não gostamos de nos humilhar e de admitir nossa necessidade. Muitos, mesmo em circunstâncias desesperadoras, como o outro ladrão, continuam a manifestar sua bravura proclamando orgulhosamente sua auto-suficiência. Jesus exaltará somente aqueles que se humilham e pedem sua ajuda. O bom exemplo deste ladrão mostra nossos próprios fracassos mais claramente. Somos tão bons como o ladrão arrependido?

O LADRÃO E O BATISMO
O Novo Testamento ensina que precisamos ser batizados nas águas (Marcos 16:16; João 3:5; Atos 2:38; 22:16; Romanos 6:4; 1 Pedro 3:21, etc.). Alguns buscam fugir do peso desse ensinamento, alegando que querem ser salvos como o ladrão na cruz, isto é, sem batismo. A salvação do ladrão prova que não temos que ser batizados para sermos salvos? Se pudéssemos provar que o ladrão nunca tinha sido batizado, não justificaria nossa recusa do batismo. Uma vez que o ladrão estava na cruz, ele não poderia ser batizado. Mas nós não estamos numa cruz e assim podemos ser batizados. Justificar nossa falta de sermos batizados com base no ladrão, seria como argumentar que não temos que confessar Cristo porque alguém não pode falar. Mas nós o podemos. Na verdade, contudo, é que o ladrão poderia ter sido batizado. De fato, a evidência favorece essa conclusão. João Batista batizou muitas pessoas com o batismo de arrependimento preparando o caminho para Jesus: "Então, saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados" (Mateus 3:5-6). Quanto mais popular era o batismo de João, mais pessoas eram batizadas por Jesus e seus discípulos: "Quando, pois, o Senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João (se bem que Jesus mesmo não batizava, e sim os seus discípulos)..." (João 4:1-2). A maioria do povo comum da Palestina, portanto, havia sido batizada. Mas o ladrão não era apenas "qualquer um"; ele creu em Jesus e evidentemente sabia bastante a respeito dele. Assim, fica ainda mais provável que ele foi batizado. Não importa se o ladrão tinha sido batizado ou não. Ele viveu antes do batismo da grande comissão, o batismo na morte e ressurreição de Cristo (Mateus 28:18-20; Marcos 16:15-16; Romanos 6:3-4). Ninguém poderia ser batizado na morte de Cristo antes dele morrer, nem ressuscitado do batismo com Cristo antes de sua ressurreição. O novo testamento de Cristo tornou-se válido somente quando ele morreu (Hebreus 9:16-17). Houve vários salvos pessoalmente por Jesus durante seu ministério (Mateus 9:1-8; Lucas 7:36-50; 19:1-10, etc.). Se essas pessoas tinham sido batizadas no batismo de João, não sabemos; mas certamente não foram batizadas na morte de Jesus, nem acreditaram que Jesus havia ressuscitado. No entanto, foram salvas. Abraão, Davi e muitos outros do Velho Testamento foram salvos sem batismo, e sem crerem que Jesus tinha ressuscitado. Antes da morte de Jesus ninguém tinha que ser batizado com ele na sua morte, nem crer que ele tinha sido ressuscitado, para ser salvo. Mas depois que ele morreu, ninguém poderia ser salvo sem acreditar tanto na ressurreição de Jesus como também ser batizado (Marcos 16:16). Isto não deveria surpreender-nos. Ainda que eu tenha um testamento que estipula o que deverá ser feito com meus bens após minha morte, enquanto eu estou vivo posso dispor deles como me aprouver. Quando eu morrer, contudo, o testamento entrará em vigor e os meus bens terão que ser distribuídos de acordo com as determinações contidas nele. Enquanto Jesus estava vivo na terra, ele concedia a salvação a quem ele queria; mas depois de sua morte, seu testamento tornou-se a regra pela qual a salvação é herdada. Considere esta ilustração: Getúlio Vargas não pagou CPMF no Brasil. Mas quem quer que tentasse usar esse fato para fugir da responsabilidade de pagar tal imposto, hoje em dia, seria rapidamente informado: Getúlio Vargas não pagou CPMF porque ele viveu antes da lei que determina esse imposto. Mas nós vivemos sob essa lei; portanto, temos que pagá-lo. O ladrão viveu antes da lei que exige o batismo na morte de Jesus. Vivemos sob essa lei, portanto, temos que ser batizados.
Em vez de ressaltar o que Jesus disse ao ladrão, precisamos considerar o que Jesus nos diz. "Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado" (Marcos 16:16). Seus apóstolos e profetas pregaram a mesma coisa: "Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo" (Atos 2:38). "E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele" (Atos 22:16). "... a qual, figurando o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo" (1 Pedro 3:21). É Jesus quem salva, por isso é necessário ouvi-lo para descobrir o que fazer para ser salvo. Tragicamente, alguns olham para a cruz do ladrão em busca da salvação. Por favor, estude O Batismo e a Salvação para ter mais informação.
Apesar de qualquer outra realização do ladrão, esse foi o maior momento de sua vida. Nada é tão valioso como a salvação (Mateus 16:26). Portanto, lembre-se, o batismo não salva, mas é necessário para a salvação. É triste que, enquanto Jesus morreu também pelo outro ladrão, o espírito rebelde dele, o impediu de receber a salvação. E quanto a nós?