quarta-feira, setembro 02, 2009

A ESTRATÉGIA MUNDIAL DE SATANÁS

Deus entregou à humanidade o domínio sobre a terra e estabeleceu a teocracia como a forma de governo original deste mundo (Gn 1.26-29). Numa teocracia, o governo divino é administrado por um representante. Deus designou o primeiro homem, Adão, para ser Seu representante. Adão recebeu a responsabilidade de administrar o governo de Deus sobre a parte terrena do Reino universal de Deus. Pouco tempo depois de ter dado esse poder ao homem, Satanás induziu Adão e Eva a se aliarem a ele em sua revolta contra Deus (Gn 3.1-13). Como resultado, a humanidade afastou-se de Deus e a teocracia desapareceu da face da terra. Além disso, com a queda de Adão, Satanás usurpou de Deus o governo do sistema mundial. A partir de então, ele e suas forças malignas passaram a governar o mundo. Conforme veremos a seguir, muitos fatores revelam essa terrível transição.


A NEGAÇÃO DA REVELAÇÃO DIVINA
O diabo tinha autoridade para oferecer o domínio sobre o sistema do mundo a quem ele quisesse, inclusive a Jesus Cristo, pois essa autoridade lhe tinha sido entregue por Adão (veja Lc 4.5-6). Foi por isso que Jesus chamou Satanás de “príncipe [literalmente, governador] do mundo” (Jo 14.30). João disse que o mundo inteiro jaz no maligno (1 Jo 5.19) e Tiago declara que todo aquele que é amigo do atual sistema mundano é inimigo de Deus (Tg 4.4). Até este ponto de nossa história, o reinado de Satanás sobre o mundo tem ocorrido de forma invisível. Trata-se de um domínio espiritual que incentiva o surgimento de cosmovisões e filosofias contrárias à verdadeira realidade. As Escrituras nos ensinam que, no futuro, Satanás irá tentar converter esse domínio espiritual e invisível em um reino político, visível e permanente – dominando o mundo inteiro. Para alcançar seu objetivo, Satanás precisa induzir a humanidade a buscar a unificação sob um governo mundial. Ele também tem de condicionar o mundo a aceitar um governante político supremo que terá poderes únicos e fará grandes declarações a respeito de si mesmo. Utilizando-se da tendência secular e humanista da Renascença e de algumas ênfases propagadas pelo Iluminismo, o diabo conseguiu minar a fé bíblica de porções importantes do protestantismo e também determinadas crenças do catolicismo romano e da Igreja Ortodoxa. O resultado foi que, no final do século XIX e no início do século XX, o mundo começou a ouvir que a humanidade nunca havia recebido a revelação divina da verdade. No entanto, o único modo pelo qual a existência de Deus, Sua natureza, idéias, modos de agir, ações e relacionamento com o Universo, com a Terra e com a humanidade podem ser conhecidos é através da revelação divina da verdade. Por isso, a negação dessa revelação fez com que durante o século XX muitas pessoas concluíssem que o Deus pessoal, soberano e criador descrito na Bíblia não existe; ou, se existe, que Ele é irrelevante para o mundo e para a humanidade. Essa negação da revelação divina da verdade resultou em mudanças dramáticas, que tiveram graves conseqüências na sociedade e no mundo. Em primeiro lugar, ela levou muitas pessoas ao desespero. Deus criou os seres humanos com a necessidade de terem um relacionamento pessoal com Ele, para conhecerem o sentido e propósito supremos desta vida. A declaração de que Deus não existe ou é irrelevante provocou um vazio espiritual dentro das pessoas. Esse vazio levou ao desespero e à extinção da perspectiva de alcançar o sentido e propósito supremos desta vida. Satanás, então, ofereceu a bruxaria, o espiritismo, o satanismo, outras formas de ocultismo, a astrologia, o misticismo oriental, os conceitos da Nova Era, as drogas, algumas formas de música e outros substitutos demoníacos para preencher esse vazio e fazer com que as pessoas sejam influenciadas por ele.

A NEAGAÇÃO DOS ABSOLUTOS MORAIS
A negação da revelação divina da verdade resultou também na negação dos absolutos morais. O argumento mais usado é: se os padrões morais não foram revelados por um Deus soberano que determinou que os indivíduos são responsáveis por suas ações, então os absolutos morais tradicionalmente aceitos foram criados pela humanidade. Assim sendo, uma vez que a humanidade é a fonte desses absolutos, ela tem o direito de rejeitar, mudar ou ignorá-los. O resultado dessa racionalização falaciosa é que a sociedade acabou testemunhando uma tremenda decadência moral. Ela passou a rejeitar a idéia de que apenas as relações heterossexuais e conjugais são moralmente corretas, passando a desprezar e ameaçar cada vez mais os que defendem essa idéia. Movimentos estão surgindo em todo o mundo para redefinir legalmente o conceito de matrimônio e para forçar a sociedade a aceitar essa nova idéia, a abolir ou reestruturar a família e proteger a propagação da pornografia. O assassinato de seres humanos parcialmente formados (aborto) já foi legalizado em muitos países. Algumas pessoas ainda insistem em dizer que não existe questão moral nenhuma envolvida no suicídio assistido, na clonagem humana e na destruição de embriões humanos em nome da pesquisa de células-tronco. O assassinato e a mentira passaram a ser aceitos como norma. Essa falência moral ameaça as próprias bases da nossa sociedade.

A NEGAÇÃO DA VERDADE OBJETIVA E DE SEUS PADRÕES
A negação da revelação divina da verdade resultou na conclusão de que não existe uma verdade objetiva que seja válida para toda a humanidade. Cada indivíduo seria capaz de determinar por si mesmo o que é a verdade. Assim sendo, aquilo que é verdade para uma pessoa não é, necessariamente, verdadeiro para outra. A verdade passou a ser algo subjetivo e relativo. A racionalização nos levou à conclusão de que não há padrão objetivo pelo qual uma pessoa seja capaz de avaliar se algo está certo ou errado. Agora ninguém mais pode dizer legitimamente a outra pessoa que algo que ela está fazendo é errado. Seguindo essa racionalização, nunca se deve dizer a outra pessoa que seu modo de vida é errado, mesmo que, vivendo dessa maneira, ela possa morrer prematuramente. Também não será permitido que alguém diga a um adolescente que o sexo não deve ser praticado antes do casamento. Afinal de contas, ninguém tem o direito de impor seus conceitos de certo ou errado sobre os outros.
Essa negação da verdade objetiva e do padrão objetivo de certo e errado é propagada através de uma “redefinição de valores” promovida por escolas, por universidades, pela mídia, pela internet, por várias publicações, por alguns tipos de música e pela indústria do entretenimento como um todo. Algumas universidades, inclusive, já adotaram uma política que abafa qualquer expressão do que é certo ou errado por parte de seus alunos e professores. Esse tipo de atitude resulta em censura e intolerância. A negação da verdade objetiva e dos padrões objetivos de certo e errado motivaram alguns a defenderem que os pais devem ser proibidos de bater nos filhos quando estes fizerem algo que os pais acreditam ser errado.

A REDEFINIÇÃO DA TOLERÂNCIA
Isso tudo também resultou em um movimento que visa forçar a sociedade a aceitar um novo conceito de tolerância. A visão histórica da tolerância ensinava que as pessoas de opiniões e práticas diferentes deveriam viver juntas pacificamente. Cada indivíduo tinha o direito de acreditar que a opinião ou prática contrária à sua estava errada e podia expressar essa crença abertamente, mas não podia ameaçar, aterrorizar ou agredir fisicamente aqueles que discordavam dele. Porém, a tolerância passou por uma redefinição. O novo conceito diz que acreditar ou expressar abertamente que uma opinião ou prática de uma pessoa ou de um grupo é errada equivale a um “crime de ódio” e, portanto, deve ser punido pela lei. Grupos poderosos estão pressionando o Congresso americano, por exemplo, para fazer com que esse novo conceito torne-se lei. Isso ocorrerá se for aprovado o que passou a ser conhecido como “lei anti-ódio”. Uma vez que nos EUA já existem leis contra ameaças ou prejuízos físicos causados a pessoas ou grupos de opiniões e práticas distintas, é óbvio que o objetivo desse projeto é tornar ilegal a liberdade de crença e de expressão. Se esse projeto for aprovado, os EUA passarão a ser mais um Estado totalitário, comparado àqueles que adotaram a Inquisição e o comunismo. [Tendências semelhantes se verificam na maior parte dos países ocidentais – N.R.]
Já que o mundo foi levado a acreditar que não há verdade objetiva válida para toda a humanidade e nenhum padrão objetivo que sirva para verificar se algo está certo ou errado, cada vez mais defende-se a idéia de que todos os deuses, religiões e caminhos devem ser aceitos com igualdade. Por isso, todas as tentativas de converter pessoas de uma religião para outra devem ser impedidas e as afirmações de que existe apenas um Deus verdadeiro, uma religião verdadeira e um único caminho para o céu são consideradas formas visíveis de preconceito. O pluralismo religioso está se tornando lugar-comum hoje em dia. Se não há nenhum padrão objetivo para determinar o certo e o errado, então qual base uma sociedade ou um indivíduo pode usar para concluir que matar é errado? Isso incluiu os assassinatos praticados por médicos que fazem abortos ou os massacres provocados por psicopatas em escolas e em lugares públicos? Pois, talvez alguns desses atos violentos sejam resultantes do fato de seus autores terem concluído que, se não existe um padrão objetivo para determinar o que é certo e o que é errado, para eles é correto assassinar.
Se essa espécie de lei anti-ódio for aprovada, ela terá conseqüências drásticas. As pessoas que virem esse tipo de lei sendo posta em prática acreditarão que esse é o caminho correto. Mas, durante as campanhas eleitorais e nas sessões legislativas, os políticos poderão fazer acusações uns aos outros ou dizer que as ações dos seus oponentes são erradas?

O DESEJO DE UNIDADE
A negação da revelação divina da verdade gerou uma crescente convicção de que o objetivo da humanidade deve ser a unidade. O Manifesto Humanista II diz:
Não temos evidências suficientes para acreditar na existência do sobrenatural. Trata-se de algo insignificante ou irrelevante para a questão da sobrevivência e satisfação da raça humana. Por sermos não-teístas, partimos dos seres humanos, não de Deus, da natureza, não de alguma deidade.[1] O argumento prossegue:
Não somos capazes de descobrir propósito ou providência divina para a espécie humana... Os humanos são responsáveis pelo que somos hoje e pelo que viermos a ser. Nenhuma deidade irá nos salvar; devemos salvar a nós mesmos.[2]
À luz do pensamento de que a salvação da destruição total depende da própria humanidade, o Manifesto continua: Repudiamos a divisão da humanidade por razões nacionalistas. Alcançamos um ponto na história da humanidade onde a melhor opção é transcender os limites da soberania nacional e andar em direção à edificação de uma comunidade mundial na qual todos os setores da família humana poderão participar. Por isso, aguardamos pelo desenvolvimento de um sistema de lei e ordem mundial baseado em um governo federal transnacional.[3] Finalmente, o documento declara:
O compromisso com toda a humanidade é o maior compromisso de que somos capazes. Ele transcende as fidelidades parciais à Igreja, ao Estado, aos partidos políticos, a classes ou raças, na conquista de uma visão mais ampla da potencialidade humana. Que desafio maior há para a humanidade do que cada pessoa tornar-se, no ideal como também na prática, um cidadão de uma comunidade mundial?[4]
A existência de instituições internacionais, como a Corte Internacional de Justiça e as Nações Unidas, os meios de transporte rápidos, a comunicação instantânea e a internacionalização crescente da economia fazem com que a formação de uma comunidade mundial unificada pareça ser possível. O tremendo aumento da violência, incluindo a ameaça de terrorismo que paira sobre todo o mundo, pode levar a civilização a uma governo mundial unificado em nome da sobrevivência.

A DEIFICAÇÃO DA HUMANIDADE
A negação da revelação divina da verdade criou uma tendência em deificar-se a humanidade. Thomas J. J. Altizer, um dos teólogos protestantes do movimento “Deus está morto” da década de 60, alegava que, uma vez que a humanidade negou a existência de um Deus pessoal, ela deve alcançar sua auto-transcendência como raça, algo que ele chamava de “deificação do homem”.[5] O erudito católico Pierre Theilhard de Chardin ensinava que o deus que deve ser adorado é aquele que resultará da evolução da raça humana.[6] Com tais mudanças iniciadas com a negação da revelação divina, Satanás está seduzindo o mundo para que caminhe em direção à unificação da humanidade. Ela ocorrerá quando todos estiverem sob um governo mundial único que condicionará o planeta a aceitar seu líder político máximo, o Anticristo, o qual terá poderes únicos e alegará ser o próprio Deus. (Renald E. Showers - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)
Notas:
1.Humanist Manifesto II, American Humanist Association (www.americanhumanist.org/about/manifesto2.html)
2.Idem.
3.Ibidem.
4.Ibidem.
5.John Charles Cooper, The Roots of The Radical Theology, Westminster, Philadelphia, 1967, p. 148.
6.Idem.
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, agosto de 2002.

O VALOR DA PROFECIA

DESCONHECIMENTO PROFÉTICO
Até algum tempo atrás, a melhor descrição da minha postura a respeito de profecias seria a de uma atitude mista. Eu tinha interesse por aquelas profecias diretas e fáceis de entender, mas muitas outras, para minha mente desinformada, pareciam algo beirando o enigmático. Também havia o meu preconceito contra os ensinamentos de alguns “ministérios proféticos” que partem de uma plataforma bíblica mas quase sempre descambam em especulação. Por um lado, eu estava ciente de que aproximadamente 30% da Bíblia são profecias preditivas, e que elas certamente foram incluídas nas Escrituras por razões válidas. Portanto, empenhei-me em descobrir quais eram essas razões.

O SIGNIFICADO DA PROFECIA
Então, o que aprendi? Vamos começar com as coisas fundamentais. A Profecia tem dois significados bíblicos. O termo se refere, em uma definição mais abrangente, a tudo que Deus tem a dizer para Suas criaturas racionais. A Bíblia, portanto, como revelação específica de Deus à humanidade, é um livro completamente profético (2 Pe 1.19-21). Trata-se da proclamação de Deus acerca das coisas que não poderíamos saber de outra maneira. A Profecia também inclui a predição de Deus, ou seja, as revelações que nos permitem saber o que vai acontecer. A habilidade de prever o futuro, como dissemos, diz respeito a quase um terço das Escrituras, e é declarada por Deus como sendo a maior prova de que somente Ele é Deus: “...Eu sou Deus e não há outro; Eu sou Deus e não há outro semelhante a mim, que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam...” (Is 46.9-10). Quase todas as profecias preditivas falam sobre Israel e a vinda do Messias. De fato, Deus declara aos israelitas que eles seriam um sinal para o mundo, glorificando-se a Si mesmo neles e através deles (Is 46.13). Em Isaías 43.10 Deus lhes diz: “Vós sois as minhas testemunhas... o meu servo a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.” Em outras palavras, Deus usará aos judeus e à sua terra como “testemunhas”, tanto para eles mesmos quanto para o mundo. Isso se dá não somente quanto à Sua existência, como também mostrando que Ele está ativamente envolvido em desenvolver a história de Israel e a cumprir Seu propósito para toda a humanidade. A Profecia declara o plano de Deus de antemão. E o propósito é que nós todos possamos “conhecê-lO”, crer nEle e “entender” que somente Ele é Deus. A Profecia é a prova convincente não apenas da existência de Deus, mas também de que a Bíblia é exatamente o que diz ser – a Palavra de Deus.

PROFECIA, PROMESSA E OBEDIÊNCIA
Aqui está um exemplo do testemunho profético de Deus através de Israel: Ele declarou a Abraão (Gn 12.1; 15.18), a Isaque (Gn 26.3), e posteriormente a Jacó (Gn 28.13) que lhes daria a terra “desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gn 15.18), e que essa Terra Prometida seria deles e dos seus descendentes para sempre (Js 14.9). É um fato histórico, como registra o livro de Josué, que os israelitas possuíram a terra que Deus lhes prometera. A promessa de Deus era irrevogável, contudo, eles foram avisados por Deus de que, se não Lhe obedecessem, Ele os tiraria da terra por algum tempo: os israelitas desobedientes seriam “desarraigados da terra à qual passais para possuí-la” (Dt 28.63). O povo foi desobediente e Deus fez o que dissera – resultando no cativeiro do Reino do Norte (Israel) na Assíria e no cativeiro do Reino do Sul (Judá) na Babilônia. Jeremias profetizou que os cativos retornariam da Babilônia para Jerusalém “quando se cumprirem os setenta anos” (Jr 25.12). Mesmo assim, uma dispersão dos judeus ainda mais devastadora foi anunciada: “O Senhor vos espalhará entre todos os povos, de uma à outra extremidade da terra...” (Dt 28.64). Esta, a última e maior Diáspora (Dispersão), ocorreu quando os exércitos romanos sob o comando de Tito arrasaram Jerusalém no ano 70 d.C. Os judeus foram realmente dispersos por todo o mundo, como a Bíblia predisse, e a Palavra de Deus também nos fornece detalhes de como eles seriam tratados: “...fá-los-ei um espetáculo horrendo para todos os reinos da terra; e os porei por objeto de espanto, e de assobio, e de opróbrio entre todas as nações para onde os tiver arrojado” (Jr 29.18). Hoje isso é conhecido como anti-semitismo, no entanto, foi profetizado por Moisés (Dt 28.37) há 3.500 anos atrás!

O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS
Poderia parecer que essa dispersão, juntamente com as perseguições e as tentativas de aniquilação da raça judaica que a acompanharam, teria colocado Deus numa situação insustentável. Afinal de contas, Ele prometeu incondicionalmente a Abraão que a Terra Prometida “...que vês, Eu ta darei a ti e à tua descendência, para sempre” (Gn 13.15). O Senhor declarou também que apesar de Israel não ficar sem punição, Ele não daria cabo dele completamente, mas ...“te livrarei das terras de longe e à tua descendência das terras do exílio; Jacó [Israel] voltará...” (Jr 30.10-11).
O fato de que uma minoria perseguida e dispersa possa ter vivido por dois mil anos entre outras raças sem ter sido absorvida por elas (especialmente quando, se o aceitasse, teria evitado uma perseguição sem fim) e permanecido um grupo étnico identificável, é inconcebível – certamente isso não foi por acaso e é algo sem precedente na história do mundo. Adicione-se a isso o fato assombroso de que eles seriam posteriormente ajuntados do mundo todo e trazidos de volta para a terra que Deus lhes havia prometido há mais de três mil anos atrás. Contudo, como o mundo sabe, isso aconteceu “oficialmente” em 1948, quando Israel foi reconhecido como nação independente.

O RETORNO DE ISRAEL À TERRA PROMETIDA
Com relação a essa restauração profetizada, a Bíblia fornece numerosos detalhes do que aconteceria quando os judeus retornassem à sua terra. Por exemplo, o livro de Isaías afirma: “Dias virão em que Jacó lançará raízes, florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto o mundo” (Is 27.6). Oséias acrescenta que os israelitas retornarão: “...voltarão; serão vivificados como o cereal, e florescerão como a vide; a sua fama será como a do vinho do Líbano” (Os 14.7). No final do século XIX, o escritor norte-americano Mark Twain, visitando a Terra Santa, notou que ela estava quase que totalmente deserta. No entanto, desde o retorno dos judeus a agricultura tem sido um dos maiores empreendimentos econômicos de Israel. Esse país tão pequeno é agora o maior exportador de frutas e vegetais para a Europa e até manda flores para a Holanda!

O SENHOR DOS EXÉRCITOS GUERREIA POR ISRAEL
Os profetas hebreus também previram que Israel teria uma capacidade militar impressionante: “Naquele dia, porei os chefes de Judá como um braseiro ardente debaixo da lenha e como uma tocha entre a palha; eles devorarão à direita e à esquerda, a todos os povos em redor... Naquele dia o Senhor protegerá os habitantes de Jerusalém; e o mais fraco dentre eles, naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o Anjo do Senhor diante deles” (Zc 12.6,8). Até uma análise superficial das três guerras nas quais Israel lutou para se defender da ameaça de destruição por parte dos países árabes, mostrará evidências esmagadoras de que elas são o cumprimento das palavras dadas por Deus a Zacarias. Na guerra de 1948-49, que se seguiu à Independência, Israel foi vitorioso apesar de ter um contingente de soldados e armas desesperadamente menor. A assombrosa vitória de Israel, portanto, foi nada menos do que um milagre. A Guerra dos Seis Dias, em 1967, foi ganha tão rápida e decisivamente por Israel, contra todas as probabilidades, que a revista “Newsweek” publicou a respeito um artigo intitulado “Espada Veloz e Terrível”. A Guerra do Yom Kippur encontrou Israel novamente com um número muito inferior de soldados, e, dessa vez, pelo fato do ataque ter ocorrido num feriado religioso, o povo foi pego de surpresa. No entanto, apesar de terem sofrido muitas baixas, esses beneficiários das promessas de Deus puseram as forças árabes para correr.

UMA PEDRA PESADA PARA TODOS OS POVOS
Um último item profético com respeito a Israel e Jerusalém (entre muitos que poderiam ser mencionados) tem relação com sua posição no mundo de hoje. Cerca de 480 a.C., Zacarias escreveu que Jerusalém se tornaria “...um cálice de tontear... uma pedra pesada para todos os povos...” (Zc 12.2-3). Essa profecia foi particularmente assombrosa porque, no tempo em que foi feita, a situação de Jerusalém era tal que, na melhor das hipóteses, a faria parecer ridícula. Uma parte dos israelitas tinha recentemente retornado do cativeiro na Babilônia, para uma Jerusalém que tinha estado em desolação por 70 anos. Seus muros estavam destruídos, seus campos não tinham sido lavrados, e o povo remanescente enfrentava problemas até na reconstrução do Templo, porque não conseguia se livrar do assédio contínuo dos samaritanos da região. Contudo, aproximadamente 2.500 anos mais tarde, Jerusalém realmente tem se tornado “um cálice de tontear” para este mundo aflito, “uma pedra pesada” que, a menos que os problemas ali sejam resolvidos, poderá levar a uma guerra nuclear sobre todo o planeta.

A PROFECIA E A SALVAÇÃO
Deus é o Deus da Profecia. Ele é também o Deus da nossa salvação; e a Profecia sublinha e aponta para a salvação. Israel foi escolhido por Deus para o propósito primário de trazer o Messias ao mundo: ...“para que o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3.17). Quando o apóstolo Paulo fez as suas viagens missionárias, seu método em cada cidade que visitava era inicialmente entrar na sinagoga judaica e pregar que Jesus era o Messias que Deus havia prometido. Na sinagoga da cidade grega de Beréia, os judeus foram elogiados não somente por ouvirem o que o apóstolo tinha a dizer, mas mais especificamente porque examinavam “...as Escrituras todos os dias [para discernir] se as coisas [que ele dizia concernentes ao Messias] eram, de fato, assim” (Atos 17.11). Apesar de não termos os detalhes do que ele pregava, sabemos que há centenas de profecias messiânicas às quais ele poderia ter-se referido.

AS PROFECIAS CONCERNENTES AO MESSIAS
Sem dúvida, Paulo enumerou para eles os critérios proféticos necessários para que aspirantes à messianidade se qualificassem como o Cristo de Deus, o Salvador de toda a humanidade: Ele deve ter nascido em Belém (Mq 5.2); ser da tribo de Judá (Gn 49.10); ser da linhagem do rei Davi (Is 11.1); ter nascido de uma virgem (Is 7.14); realizar milagres (Is 35.4-6); morrer pelos pecados do mundo (Is 53.5,6,10); permanecer três dias e três noites na sepultura (Jo 1.17); ressuscitar dentre os mortos (Sl 6.10).

SOMENTE JESUS PREENCHE TODOS ESSES REQUISITOS
Para os bereanos do primeiro século, desejosos de mais informações sobre a morte sacrificial do Messias, Paulo poderia ter fornecido tantos detalhes descritivos tirados das profecias do Antigo Testamento (escritas de 1500 a 400 anos antes do acontecido), que eles teriam se sentido como se fossem testemunhas oculares dos fatos. Considere o seguinte: Daniel nos dá a data exata em que o Messias entraria em Jerusalém para ser proclamado Rei de Israel (Dn 9.25). Zacarias nos conta que Ele viria montado num jumento (Zc 9.9) e que seria traído por trinta moedas de prata (Zc 11.12); o traidor seria um amigo (Sl 41.9). Isaías prediz que Ele ficaria silencioso perante Seus acusadores e seria afligido e cuspido por eles (Is 53.7; 50.6). Moisés indicou que Ele seria crucificado (Dt 21.22-23). O salmista nos fala que a multidão presente à Sua crucificação iria escarnecer e zombar dEle, sacudindo suas cabeças à Sua vista (Sl 22:7-8; 109.25); que Seus amigos olhariam de longe (Sl 38.11); que soldados lançariam a sorte pelas roupas dEle (Sl 22.16-18); que para matar Sua sede Lhe ofereceriam vinagre (Sl 69.21); Suas mãos e pés seriam traspassados (Sl 22.16); nenhum de Seus ossos seria quebrado (Sl 34.20); as palavras exatas que Ele diria ao Pai são registradas (Sl 22.1; 31.5). Zacarias escreve que o Seu lado seria furado (Zc 12.10). Isaías declara que Ele morreria entre ladrões (Is 53.9,12) e que seria sepultado na sepultura de um homem rico (Is 53.9). Além disso, Isaías nos dá as razões pelas quais o Filho de Deus foi para a cruz: Ele foi “...ferido pelas nossas iniqüidades”; “...o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós”; “quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado...” (Is 53.5,6,10). Repetindo: só Jesus tem as credenciais para ser o nosso Salvador. O que dizer, então, de todas as profecias ainda a serem cumpridas? Como aquilo que estava predito com relação à primeira vinda de Jesus foi perfeitamente cumprido, podemos estar absolutamente confiantes de que Deus também fará acontecer tudo o que predisse para o futuro.

A IMPORTANCIA DAS PROFECIAS BÍBLICAS
Portanto, que utilidade há na Profecia? Emprestando uma frase da Epístola aos Romanos: “Muita, sob todos os aspectos” (Rm 3.2). O Senhor declara: “Quem há, como eu, feito predições... Que o declare e o exponha perante mim! Que esse anuncie as coisas futuras, as coisas que hão de vir! Não vos assombreis nem temais; acaso desde aquele tempo não vo-lo fiz ouvir, não vo-lo anunciei? Vós sois as minhas testemunhas...” (Is 44-7-8). A Profecia Bíblica nos assegura que Deus existe e que somente Ele sabe as “coisas que estão por vir”, e que nós, que cremos nEle, não temos razão para andar temerosos. Mais do que isso, nós devemos ser as “testemunhas” de Deus, usando a profecia bíblica como testemunho da verdade revelada nas Escrituras e prova de que exclusivamente a fé em Jesus, Seu Filho Unigênito, é a esperança da humanidade para a salvação. Vamos, portanto, compartilhar as Boas Novas com entusiasmo: “...o Evangelho de Deus, o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas nas Escrituras Sagradas, com respeito a Seu Filho” (Rm 1.1-3)

sábado, agosto 01, 2009

PIOR QUE A GRIPE INFLUENZA TIPO A (H1N1)

Desde que esta nova doença começou no México e logo se alastrou por todo o mundo, diariamente os noticiários relatam de novos casos de contaminação no Brasil e outros países. Já é possível ver-se pessoas usando máscaras com o objetivo de se proteger do contágio desta gripe. Em alguns lugares escolas são fechadas ou eventos públicos cancelados para evitar que ela se alastre. Até se aconselha a não viajar para países onde já há um índice maior de propagação. A indústria farmacêutica trabalha incessantemente na busca de uma vacina contra este mal, que alguns já denominam pandemia mundial. Como esta doença pode levar à morte, o homem tem medo e faz de tudo para não ser atingido, ou seja, ele toma providências para se livrar da mesma e não sofrer as conseqüências.
Mas há algo muito pior nesta terra do que a gripe A. Algo que desde o começo da humanidade vem sendo transmitido de ser humano para ser humano. Algo que nasce com a pessoa e já se manifesta nos primeiros meses de vida. Este algo é o pecado e tem conseqüências muito piores do que a gripe A. A Bíblia nos diz em Romanos 6,23a: “Porque o salário do pecado é a morte”. Esta morte não é somente a morte física, mas a morte espiritual, que separou o homem de Deus. E diariamente vemos os seus efeitos nos seres humanos. A violência e a criminalidade aumentam. Professores que não sabem mais o que fazer com seus alunos que partem para a violência. Pais, que na aflição de ajudar um filho dependente de drogas, não vêem outra solução do que acorrentá-lo numa cama. E o consumo de drogas aumenta assustadoramente! A falta de amor entre as pessoas leva ao descaso umas pelas outras. Com o fim da estrutura familiar, crianças e jovens perdem a referência e ficam abandonados. Busca-se o melhor para si em detrimento do próximo. O egoísmo se alastra em nossa sociedade.
Qual é a saída? Será que o ser humano tem como se livrar do pecado e suas conseqüências? Há alguma força dentro do ser humano que pode mudar esta situação? Não. O homem já provou através dos séculos que ele não é capaz de vencer o pecado. Assim Deus, em Seu grande amor, nos apresenta o caminho para a verdadeira solução através de Seu filho Jesus Cristo. E Ele afirma em João 3,16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Claramente Deus nos mostra que há uma saída. Sim, há a possibilidade de nós não sermos dominados pelo pecado. Jesus, através de Sua morte na cruz, venceu o pecado. O problema consiste em que nós não aceitamos a solução que Deus nos apresenta. Agimos como uma pessoa que é aconselhada, pelo seu médico, a tomar certo remédio para ser curado mas “ignora” o conselho e por fim chega a morrer!
Hoje quando ouvires a Sua voz (o convite) não endureça teu coração... Aceita a saída que Deus te propõe! “... mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6.23b). Reconheça que lutaste para mudar esta situação, da presença do pecado em tua vida, mas que não tens conseguido vencer. Se estás nesta situação, Jesus quer transformar tua vida. Ele quer dar-te uma nova vida. Uma vida da qual não te arrependerás! (Markus Steiger - http://www.ajesus.com.br)